Bruno, O VERME QUE PENSAVA SER ÁGUIA.
Pobre Bruno, um verme que pensava ser águia...
O menino de origem quase miserável que viu no dinheiro uma forma de se vingar do próprio passado. E assim como num conto de Irwing Wallace às avessas, o mocinho sofrido se transformou num vilão cruel. Passou a tratar as mulheres, como adereços de suas vaidade...
Pegava as Marias Chuteiras imaginando ser o Dom Juan, para se livrar do complexo de inferioridade agredia. Porrada é o argumento do mais fraco.
Tornou-se mais um zé mané no grande circo do futebol.
Se achava garanhão, mas sua posição de goleiro do flamengo era quem lhe abria as portas da fama e as pernas das garotas de programa. Mas Bruno, como todo zé ruela, acreditou que, por ter a bola em suas mãos, o mundo seria igualmente manipulavél, e foi justamente esta ilusão que o fez literalmente enfiar os pés pelas mãos
O bom goleiro acabou sufocado por uma legião de Brunos insolentes, o Bruno canalha, o Bruno machista pretencioso, o Bruno babaca...E como gran finale desta mistura bizarra entrou em cena o Bruno ASSASSINO.
E por ser um imbecil, o idolo popular no país dos descratavéis, acreditou que ficaria impune. Desdenhou da inteligência da polícia, acreditou na imprensa vendida, fez conchavos com traficante-matador, enfim fez tudo que um canastrão faria ao produzir um espetáculo monstruoso...
Conseguiu se superar em estupidez e soberba...
Mas sabe qual é minha opinião pro final desta estória? Bruno vai chorar, vai se dizer arrependido, se converterá a uma seita neopentecostal e tornando-se assim mais um arrependido neste nosso mundo esquisofrenico.
E sabe quem levou pior? A coitada da Eliza. Coitada derivado do radical coito.
Ela foi sequestrada, espancada, morta a coronhadas, dessossada ( que termo hediondo!!!), teve os pedaços de seu corpo comidos por cachorros, e o que sobrou foi escondido sob concreto...
Nem os gorilas do DOI-CODI e do DOPS foram tão absurdamente cruéis. Mas nosso moralismo hipocrita prefere acusá-la de garota de programa. Fica mais fácil deitar a cabeça no travesseiro. Afinal pararce que só conseguimos dormir quando a dor dos outros é atenuada pelo tipo de vida que as vítimas possuíam...
Isto porque nosso conceito de justiça é muito semelhante ao de Bruno-Narciso: tudo o que não reflete minha imagem deve morrer.
Pobre Eliza, mais uma na lista das Angelas Diniz, Monicas Granuzzos, Danielas Perez e tantas outras anônimas neste Brasil de machos de merda.