Inclusão digital, egoísmo, altruísmo e filantropia

A tal da inclusão digital tem como conseqüência uma grande exposição de ideologias e conceitos que nem sempre tem um impacto bom. É cada vez maior a vontade das pessoas em exibir-se pela internet a fora. Seja esta exposição corporal, ou intelectual.

O problema que isso acarreta é a super valorização do “eu”. Adolescentes cada vez mais cedo vão para as academias para ter um corpo sarado. Na verdade muitas pessoas acreditam que tendo um corpo legal serão bem aceitas na sociedade e não precisam de mais nada. As pessoas lêem somente para ter algo a falar sobre determinado assunto e, geralmente, defendem essa opinião dos outros com unhas e dentes. Algumas acabam perdendo seu senso critico e a capacidade de analisar as coisas, pela simplicidade que encontram as informações, prontas na internet. Somem, então, as "metamorfoses-ambulantes" e surgem as "opiniões-formadas-sobre-tudo". Surgem as ideologias, e os pré-conceitos.

Nada contra a valorização de si mesmo ou a busca por um corpo bonito, a questão é como isso é levado ao extremo. A questão é a falta de equilíbrio. Tais comportamentos acabam levando as pessoas ao egoísmo e ao egocentrismo, e conseqüentemente o altruísmo está sumindo do mapa. E parece que quanto mais a internet se torna popular, mais essa epidemia de convencimento e egoísmo se prolifera.

Pesquisas mostram que o jovem brasileiro se preocupa muito pouco com causas sociais em relação aos jovens dos países de primeiro mundo. E dos que se preocupam poucos tem uma voz ativa ou são atuantes. Alguns dizem, veja a falta de coerência, que não sabem como ajudar; que falta informação. Logo hoje, que a grande rede se responsabiliza por espalhar informação e notícias de uma forma rápida e maciça.

A questão que fica é se o jovem brasileiro está engajado na luta por um país melhor, ou somente é brasileiro em época de copa. Se ele sabe usar as ferramentas que tem ou se simplesmente se deixa levar pela massa; se fica indignado com a política, assim como ficou com o Dunga. Fato é que falta aquele espírito revolucionário entre os jovens modernos.

• 54% Jovens Brasileiros querem ser Voluntários mas não sabem por onde começar.

• Somente 7% dos jovens brasileiros são voluntários, contra 62% nos USA.

• Empresas Brasileiras gastam 4 bilhões de reais por ano em segurança patrimonial e pessoal de seus executivos e 5 mil reais por mês em filantropia.

• Segundo o Imposto de Renda, a média para doações e contribuições é de 23 reais por ano, para os 5 milhões de brasileiros que pagam Imposto de Renda.

Fonte: http://www.voluntarios.com.br/estatisticas.htm

Dudu Franco

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DuduFranco
Enviado por DuduFranco em 06/07/2010
Código do texto: T2362477
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