Musicoterapia

Tanto quanto o sentimento religioso, a prática da manipulação dos sons, a de fazer e ouvir música, é das mais antigas e presentes de que se tem conhecimento na história da humanidade. Os mistérios de sua magia impulsionam os homens e sua curiosidade, a estar sempre pesquisando algo que envolve a música.

Dentre os vários componentes da música, o mais importante é o RITMO, que está em todas as manifestações e atividades dos seres que populam pelo planeta, o sistema solar, as galáxias, o cosmo. Sejam eles animados ou inanimados, o ritmo está em cada coisa, pois nada é inerte.

O caráter essencial do ritmo consiste na dualidade complementar de suas fases, que se sucedem em constante alternância, compensando-se em torno de um ponto de equilíbrio, cujas vibrações se propagam harmonicamente, de forma sutil, para além do corpo físico, estabelecendo o equilíbrio e a serenidade necessários à obtenção dos estados superiores do ser.

Essas fases são percebidas no homem através dos movimentos alternados da respiração e do rítmo cardíaco, sobre os quais se apóia a maioria das realizações metafísicas, constituindo-se em processos que permitem transmitir às forças coletivas suas tradições. Esta transferência é feita por meio dos mantras entre os hindus, dos dhikrs entre os mulçumanos, dos hinos, cantos, danças sagradas, orações e preces dos diferentes povos, que colocam o recitante em comunicação com o ritmo da coletividade de que se participa e ao mesmo tempo se harmoniza com o Ritmo Superior chamado por Platão Música das Esferas.

Um dos mais antigos manuscritos indianos, o Upanishad Mandukya, que faz parte dos vedas, deu ênfase ao sagrado alinhamento da consciência com a vibração primária, representada pelo som emitido com a vocalização da sílaba OM, que além de representar o conceito do Som Cósmico, acredita-se que afina o indivíduo com a própria essência do Tom Celestial.

Na china a origem da música é tão antiga que se perde no tempo. E quanto mais se volta na história, mais se nota presença vital e mística da música. Antigas escrituras chinesas não deixam dúvidas quanto à capacidade da música de influenciar o caráter de um indivíduo, sua natureza emocional e seu corpo físico.

Na Grécia foi Pitágoras que, através de seus ensinamentos, consolidou o conhecimento dos costumes mágicos e religiosos da música dos seus ancestrais.

Em Roma a música foi apresentada como antigas baladas de louvor aos Deuses pelos pastores. Com a expansão de suas fronteiras e suas conquistas, roma levou consigo essas canções que intimidavam os inimigos.

Já os povos do oriente médio acreditavam que a criação do mundo provinha de uma vibração Divina, de um som primordial, de um Deus que criava por meio do verbo.

Nas Américas foram os Maias os grandes codificadores do conhecimento registrado em grandiosos monumentos de pedra.

Na idade média a cura pela fé religiosa juntava todas as forças espirituais internas e externas. Entre essas forças externas estava a música. Suspeitava-se que certos sons, os dos sinos por exemplo, podiam afastar os espiritos malígnos.

O fantástico poder exercido pela música sobre o homem era do conhecimento das antigas civilizações e se encontra registrado nas antigas escrituras, pergaminhos e pedras, em muitos lugares do mundo.

A músicoterapia foi ganhando espaço dentro da medicina, a partir da Renascença, culminado na época moderna após a segunda guerra mundial, em que se impôs como um dos meios eficazes para tratamento de doenças mentais. Aos poucos e graças ao esforço pioneiro da enfermeira Harriet Ayer Seymour, que usou a música como auxiliar no tratamento de doenças cardíacas, neuropsíquicas e ortopédicas, a musicoterapia encontrou o seu lugar, sendo reconhecida como mais uma terapia, até conquistar seu lugar com a fundação do NATIONAL ASSOCIATION FOR MUSIC THERAPY INC.

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By Ellen Marreiro

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Ellen Marreiro
Enviado por Ellen Marreiro em 07/09/2006
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