PRAZER ASSOCIADO COM AMOR
PRAZER ASSOCIADO COM AMOR
No dia a dia da vida, vemos aqueles que abusam do prazer, do agradar a si mesma. Gente assim tem dificuldade de enxergar limites. Não vê os marcos orientadores da vida, não respeitam leis, normas sociais... Verdade è, que o prazer poderá controlar tanto uma pessoa, ao ponto de não ter outro governo, senão o prazer. O prazer é o árbitro, é lei, é a norma. Ele domina e não aceita imposição ou contrariedade. Ouve-se muito por aí a seguinte frase: “Dando prazer é o que importa” ou “sentido bem é o que importa”. Essas falas simples, têm por traz, uma filosofia de vida chamada de “hedonismo”; é o prazer pelo prazer.
Se em um extremo está aquele dominado, governado pelo prazer; no outro extremo vive o legalista. O legalista nega o prazer. O legalista jamais dar-se o luxo do prazer. Segue leis rigidamente, é austero consigo mesma. Nunca se arrisca a uma jornada de prazer, de alegria. Gente rígida em tudo. Nunca se expõe a sentir prazer. Outros ainda têm o prazer como pecado. Vive como um monge da idade média, auto-flagelando, machucando para tentar cumprir, tudo como lhe foi imposto, como foi ensinado.
Alguém já disse que o perigo está nos extremos. Corre-se o risco de ser uma pessoa sem limites, onde a vontade pessoal é o tribunal do bom e do ruim, da justiça e da injustiça; do certo e do errado. Na outra ponta do cabo de guerra, o legalista, não permite nada que traz ou promova prazer. Essas duas posições parecem inconciliáveis. Apenas, parecem! Jesus, o sábio salvador, sabe como conciliar esses extremos. Ele tem conselhos e princípios que se vividos, faz a vida prazerosamente equilibrada. Jesus contradiz o hedonista (pessoa governada por prazer) como também o legalista. (pessoa apegada a literalidade de uma lei), Ele tem um estilo de vida fascinante.
Jesus e as Escrituras Sagradas sempre associam o prazer com o amor. Cristo apóia uma vida vivida prazerosamente, desde que o prazer não atropele e destrua o amor. Um estilo de vida que visa o prazer pelo prazer é desconhecido do pensamento de Jesus e da Bíblia. No sermão da Montanha O salvador ensina ao homem viver o prazer da sexualidade, associado ao amor no casamento. Ele diz: “... Qualquer que olhar para uma mulher e desejá-la, já cometeu adultério com ela em seu coração” (Mt 5.28).
O ensino do mestre, não exclui o prazer, mas, sim a irresponsabilidade no exercício do prazer. A associação dos desejos, ao amor, dá equilíbrio ao ser humano a família e a sociedade. Jesus ensina que o envolvimento sem o compromisso de uma aliança, causa destruição. Sem o amor, é melhor excluir o prazer. É melhor arrancar o desejo do prazer, que viver o prazer sem uma aliança de amor. Por isso “arranque o olho”, se ele traz o desgoverno; isto é: suprima o prazer pelo prazer.
O Evangelho de João relata que Jesus foi a uma festa de Casamento, em Cana da Galiléia (João 2.1-11). Naquele enlace matrimonial, o Mestre transformou água em vinho. Festejou com os seus amigos, discípulos e sua mãe. Jesus naquela oportunidade fez algo que um moralista odiaria: transformou água em vinho. Ele não foi um anônimo, participou intensamente da festa, com todo o entusiasmo e alegria que a ocasião permitia. Ele jamais faria como um fariseu de plantão. Mas, o Galileu associa tudo ao amor, ele jamais perderia o equilíbrio, e a lucidez, em meio à festa de casamento. Ele tinha amor próprio, amor ao seu corpo, respeito aos seus parentes, amigos e discípulos e ao seu Pai, O Deus eterno. Jamais o Salvador permitiria a perda da lucidez, mas também não deixou de se divertir, e congratular-se com os noivos, bebendo do seu próprio milagre. Os fariseus (moralistas chatos) chamavam O mestre, de bebedor de vinho. “Pois veio João, que jejua e não bebe vinho e dizem: ‘Ele tem demônio’. Veio o Filho do homem comendo e bebendo, e dizem: ‘Aí está um comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e pecadores” (Mt 11.19). Às vezes os equilibrados levam a fama de beberrão, comilão, e amigo, de quem não presta, mas são estes (“que não presta”), que aceita a mensagem de salvação do Senhor.
Jesus aliou o prazer da liberdade ao amor. Amor e liberdade são tão intensos em Cristo, que desafia estudiosos da mente humana. Nem Freud, explica como um ser humano, no auge da sua agonia pede a Deus para que perdoe os seus opressores. O próprio Freud, um dos maiores teóricos da mente humana, não soube conviver com oposição, pois “amaldiçoou” o seu discípulo, Jung, por ter preferindo seguir seu caminho. A liberdade, o prazer, na vida de Jesus, sempre esteve associada ao amor.
Jesus é a Palavra eterna de Deus, e o amor é a essência dessa palavra.
Os textos bíblicos estão recheados de exemplos de prazer associado ao amor. Há um convite do Criador, para colocarmos o amor como árbitro do nosso senso de prazer.