O QUE É A VIDA?
     O que é a vida?

     Uma pergunta mínima, mas de um impacto enorme sobre nossas ações.

     Não me refiro a vida filosoficamente falando, nem a uma possível, mas improvável (para mim) vida espiritual. Me refiro realmente a vida física e biológica. Dependendo da resposta dada aquela simples pergunta, poderemos incluir como vida, algo robótico, o próprio vírus, a vida eletrônica, a vida por softwares e outras mais exóticas ainda.

     Responda você, para você mesmo. Não é preciso defender em público sua posição. Mas afinal o que é VIDA para você?

     A minha resposta de forma simples, visando apenas abrir a discussão, seria: Todo e qualquer ser material (incluindo desta forma a possibilidade de algum tipo específico de vida energética, que hoje desconhecemos e que possa nos parecer absurda), que seja capaz de manter algum tipo de reação físico-química não natural, por meios próprios, consumindo algum tipo de energia. Deve realizar estas transformações não naturais, sem ação externa, por meios próprios.
 
     Assim, excluo quaisquer tipos de maquinário com ação externa. A minha definição de vida pode, ou não, incluir a reprodução natural, mas com certeza inclui alguma possibilidade de adaptação e evolução. O importante em minha definição é que a vida, como creio, sempre incluirá algum tipo de transformação não sustentável de forma natural.
 
      Por esta definição, em algum momento do futuro, poderemos incluir vidas eletromagnéticas, desde que reajam e sustentem estas reações, não naturais, por meios próprios, permitindo algum nível de adaptação e evolução.
     Uma resposta mais técnica, e aceita mais comumente, seria: São sistemas (termodinamicamente) abertos, pois recebem do exterior matéria e energia (sob diversas formas) e rejeitam matéria e a energia (sob outras formas) para o meio exterior;
      São sistemas dotados da capacidade de transformação das moléculas captadas no exterior, noutras que lhes são próprias.
     São sistemas moleculares complexos e tendencialmente ordenados (que contrariam localmente a 2.ª lei da termodinâmica);
     Podem reproduzir-se, dando origem a réplicas semelhantes (não necessariamente iguais), dotadas de idênticas capacidades.
    São sistemas que, em termos populacionais e não individuais, evoluem, isto é, mudam gradualmente de estrutura, adquirindo eventualmente novas funções.
Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 17/06/2010
Reeditado em 17/06/2010
Código do texto: T2326075
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