Paz interior.
Algumas pessoas desiludidas com o andar da carruagem existencial chegam mesmo a questionar a bondade divina.
Contudo, nos diz o bom senso que nossa filiação divina nos dá o direito de usufruir das benesses como Filhos de Deus. Porém, diante de tantas situações dificultosas, há um senão que fica a nos atormentar.
Como podemos provar a infinita bondade divina em um mundo onde grassam desilusões e dissabores com grande parte da população?
A resposta está na paz ou no inferno interior que apresenta cada criatura.
Disse-nos Jesus: “A cada um segundo suas obras”.
Magnífico! Nada de negociatas escusas ou troca de favores, ao estabelecer a paz interior como fruto das obras de cada um, Jesus democratizou a felicidade colocando-a ao alcance de todos.
Prova inconteste da bondade divina!
A paz interior não se compra, mas sim, se conquista.
É patrimônio daqueles que se ajustaram as divinas leis que regem o universo.
Observe o amigo leitor que Jesus não se reporta a religião, classe social ou etnia, mas unicamente as obras como passaporte ao porto seguro da paz consciencial.
É algo democrático, possível ao rico e ao pobre, ao sábio e ao obtuso, ao oriental e ao ocidental.
É pura questão de respeito as pessoas, ao meio ambiente, a vida...
E quando desrespeitamos tudo que nos rodeia sentimos a consciência nos cobrar e ficamos desajustados com os rumos da vida.
É como se estivesse nos faltando alguma coisa. Claro, o ser humano foi criado para viver em paz com seu universo exterior e interior, e se por ventura derrapa na observância dessas leis sente natural desconforto.
É sua consciência a lhe avisar que está em descompasso com as obras da criação.
Alguns poderão questionar esse posicionamento afirmando que muitas pessoas burlam as leis divinas e sequer sentem a consciência cobrar, porém, pode-se afirmar com absoluta certeza que cedo ou tarde, todas as ações boas ou más baterão a porta da consciência precipitando-as no inferno da culpa ou no céu da paz interior.
Portanto, ao vermos pessoas precipitando-se nos despenhadeiros da corrupção, da mentira, da usurpação, da imposição, e que estão temporariamente impunes e gozando de aparente felicidade, não as julguemos felizardas.
Ao contrário, consideremo-las passíveis de compaixão, são criaturas enganadas pela ilusão que o mundo lhes imprime, cedo ou tarde, a consciência irá lhes cobrar lembrando a sublime máxima de Jesus:
“A cada um segundo suas obras”.