TRÊS MINUTOS DE SABEDORIA
Um erro muito comum da maioria das pessoas é não pensar em quais são os seus valores de fato. E, mais comum que isso, é assumir os valores correntes como seus sem maiores questionamentos.
Outro erro comum é pensar que a felicidade pode estar do lado de fora de nós, em um “outro” seja esse “outro” qualquer coisa ou pessoa.
Valores nos movem e nos determinam.
Um indivíduo é fundamentalmente aquilo que pensa. E aquilo que ele pensa, muitas vezes, sem pensar sobre o próprio pensamento, ou seja, refletir, acaba por se tornar aquilo que ele é.
O que não é necessariamente verdade.
Quem olha a sociedade e não enxerga suas entrelinhas é por ela totalmente engolido.
Quem olha o mundo, escuta as pessoas e logo acredita em seus relatos corre sérios riscos.
Quem não questiona a si mesmo, não abre um espaço para duvidar das coisas que pensa e que leva tudo com muita seriedade, precisa urgentemente de ir ao médico.
Médico d’alma.
Aquele que não se pergunta, que não tem inúmeros porquês em sua cabeça, está fadado a viver como um autômato.
Também precisa de tratamento.
Quem bebe água de uma só fonte não conhece o sabor e a pureza que podem ter outras águas.
A limitação é a tônica da sua vida.
A sabedoria não pertence a um só autor ou a um só mestre ou a um só livro.
Cai num reducionismo e empobrecimento enormes aquele que começa a seguir logo o primeiro mestre que lhe propõe um caminho.
Aquele que se entrega logo de cara a esse único autor, a esse único mestre, a esse único livro, de fato, reduz as possibilidades de sua vida.
Experimentar não significa se envolver, não significa se entregar.
Experimentar é tocar na água da piscina para ver se está fria antes de mergulhar.
Experimentar significa dar a você mesmo a oportunidade de conhecer o mundo como ele é.
Experimente para se tornar aquilo que você É e não apenas, simplesmente, aquilo que FIZERAM de você.
Mas é preciso primeiro ser um exímio discípulo para depois ser um grande mestre.
Discípulo de muitos e variados mestres.
É muito cedo ainda para se ter convicções, é muito prematuro ainda ter certezas.
Talvez o que nos diz a nossa cultura não seja como de fato as coisas são.
Talvez se nascêssemos em outro lugar pensássemos de forma totalmente diferente.
Depois de ser por muito tempo um discípulo fiel, é hora de começar a fazer aquelas perguntas que surgiam no começo.
Haverá coisa mais importante do que a liberdade?