A GRAÇA DA FÉ E A SAGRADA ESCRITURA!
Augusto Cury, um dos dez autores brasileiros mais lidos nos últimos anos,afirma que:
"Nunca houve judeu, palestino, americano ou brasileiro. Sempre houve o ser humano." • "Cristo nunca pressionou as pessoas a segui-lo, ele sempre as convidou."• "Pensar é nosso destino, mas pensar com qualidade é nossa responsabilidade."
Pensar com responsabilidade é algo proposto a todos nós, que questionamos a ignorância do não saber, Sócrates relatava que somos ignorantes no sentido de conhecimento e,
Que só somos capazes de sairmos desta condição, quando buscamos indagações e dialogamos com os outros e assim vamos constituindo o saber...
O modelo de Deus, é ele próprio encarnado em Jesus cristo, e conseqüentemente este modelo muda, quando mudamos o jeito de entender Deus, procura –se compreender o jeito de Deus e não quem ele é de fato. Baseamos apenas num modelo de ensinamento para o de aprendizado, na maior parte do tempo, não admitimos que o ser humano já detém um certo conhecimento, o que falta é organizar e levá-lo á questionar suas possíveis respostas...
A Sagrada Escritura nos dá o direito de pleitear, de levarmos todos á um julgamento, visando à contradição de muitos, pois ainda é entendida como se fosse ditada por Deus.
A Bíblia é um reflexo e experiências de um povo, a de se considerar o tempo histórico, tradição e a cultura destas pessoas. As representações devem ser feitas minuciosamente, pois há interpretações diversas...
A Bíblia não é um livro de ciências, muito menos um livro de previsões futuras.
A Sagrada Escritura é um conjunto de livros que nos mostra como Deus entrou na história dos homens e como fez histórias com eles em favor da salvação e do reino de Jesus Cristo.
Mas em momento algum a palavra de Deus nos ensina ciências ou revela futuros promissores, no sentido de nos educar como Deus criou o mundo (Gn 1 e 2),(Mc13 e Ap 21 e 22).Tanto em Genesis como em Marcos e Apocalipse, devem ser lidos como textos reflexivos e simbólicos.
Quando se esquece que a Bíblia foi escrita com a linguagem cultural da época e que ela não ensina ciências e nem prevê futuros, corre-se o risco de cair no fundamentalismo que acaba desviando as pessoas do projeto de Deus. Aqui é que mora o perigo e ocorrem as más interpretações que tanto mal faz ao contexto bíblico-historico, como a condenação de Galileu Galilei e vários outros personagens da historia. Os escritores dos textos bíblicos eram homens e mulheres com suas limitações periódicas dos contextos vivenciados daquele período.
Pois não conheciam ciências e Deus não revela isto, o conhecimento cientifico acontece quando os homens e mulheres desenvolvem capacidades recebidas de Deus.
Assim vamos buscando o apelo de Deus na Sagrada escritura e não nas ciências, nem em cartomantes para saber previsões futuras. Logo que, a forma de os textos bíblicos entenderem o mundo, que não é revelação divina. Isto deve ser superado. Por isto mesmo devemos questionar os autores bíblicos, saber quem foram eles, que época viveram, para quem escreveram, quem era seu publico alvo, como é visto hoje e quem são os autores das interpretações bíblicas de hoje.
A Sagrada Escritura nos direciona sobre os acontecimentos de um povo e toda a sua origem histórica, bem como quem era Jesus histórico e Jesus divino, porem a Bíblia nada tem a concretizar sobre a origem do mundo e, menos ainda, sobre o seu fim. Pois é um apanhado de livros que nos remete a fé e o conhecimento de Deus e de toda sua descendência histórica antiga, moderna e ao mesmo tempo contemporânea.
A humanidade nunca sentiu tanto a necessidade de Deus quanto hoje. A religiosidade, possivelmente, seja a megatendencia deste inicio do terceiro milênio. Pois ciências e fé tendem a caminhar juntas. Max Planck, o físico alemão, dizia que “para o crente Deus esta no começo, para o físico Deus está no ponto de chegada de suas reflexões. Para o outro físico alemão Werner Braun,” garantia que ciências e religião são irmãs e que em cada descoberta cientifica se assombrava diante dos esplendores da Criação”.Até Voltare precisou reconhecer que a existência de um relógio só é possível se existir o relojoeiro.
A fé é uma graça e não depende da sabedoria humana. A Igreja necessita de pessoas simples, ignorantes até no sentido de conhecimento, mas que brilhem intensamente e veneram gênios da sabedoria humana que vivenciaram uma fé profunda. Pois homens de fé marcaram e marcam profundamente a historia da humanidade. No segundo milênio, São Francisco de Assis foi escolhido como homem de fé e de sabedoria humana. Assim como tantos outros se tornaram figuras ilustres para a Igreja e para o mundo. Pauster relatou que a pouca ciências afasta de Deus, mas, a muita ciências nos aproxima dele...
Temos que considerar que Jesus é a plenitude da revelação (Hb 1,1ss), nenhuma revelação vai alem de Jesus. Os textos do novo testamento completam a revelação sobre Deus em Cristo. Ou seja, se completa na pessoa de Jesus.É a revelaçao unica da Palavra de Deus.
Existem movimentos messiânicos que buscam novas revelações, principalmente nos anseios de saber mistérios de Deus, como guerras que prenunciariam o fim do mundo, catástrofes, últimos papas,etc. Não estão preocupados em descobrir os apelos de Deus ma Bíblia, mas sim em revelaçoes mirabolantes e esquecem que a sagrada escritura não é um livro de revelações.
Não nos iludamos o que Deus nos quer mostrar é o seu reino e os projetos do seu filho Jesus.
A fé e a Sagrada Escritura são princípios do amor de Deus para com seu povo e ambas nos ensina e nos educa no caminho de seu filho Jesus e nos glorifica no seu Reino...