O Sino da Nossa Aldeia
“Ó sino da minha aldeia,
Dolente, na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro de minh’alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como o triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida...
Por mais que me tanjas perto,
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho,
Soas-me, na alma, distante.
A cada pancada tua,
Vibrante, no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto...”
Fernando Pessoa
Assim como Fernando Pessoa canta a inevitável lembrança do lugar onde fincou suas raízes, eu canto a lembrança dessa aldeia antiga por onde passa tanta gente: a Casa de Thomaz Coelho. Ter sido um dia aluno do Colégio Militar do Rio de Janeiro é sentir sempre a saudade mais perto. E muito perto. Um jovem cadete de Thomaz Coelho cresce inserido em um contexto tão repleto de tradições e ritos que é impossível não absorver de alguma forma os valores que são pregados. E os valores não perecem, permanecem dentro de nós para sempre.
Em 111 anos, o Imperial Colégio Militar, fundado para amparar os filhos de militares falecidos na Guerra do Paraguai, formou várias gerações de homens e, desde 1989, de mulheres que ajudaram a construir nosso país. Mas “formar” adota um sentido especial quando tratamos do CMRJ. Um aluno do Colégio Militar aprende desde cedo a amar a pátria, a ser companheiro, a ser líder, a obedecer quando o outro é líder, a trabalhar em grupo harmonicamente, a dividir tarefas, a respeitar horários, a respeitar as pessoas. Um aluno do Colégio Militar aprende desde cedo os valores que há muito tempo as pessoas deixaram de transmitir e que são valores fundamentais para a convivência pacífica entre os homens. Além de assegurar uma formação acadêmica impecável, como todo grande colégio, a Casa de Thomaz Coelho transmite noções de cidadania e, mais que isso, prepara seus alunos para uma vida de sucesso. E é por isso que tantos jovens cadetes do Thomaz Coelho se tornaram grandes personalidades nacionais e tantos outros prometem seguir o mesmo caminho. É só conferir.
Quem atravessa o imponente portão rumo à vida fora dos muros do Colégio Militar do Rio de Janeiro conhece a sensação de ter dezessete, dezoito anos e carregar uma bagagem de mais de 100 anos de experiência. E é essa bagagem o maior tesouro que uma pessoa pode ter. É essa bagagem o elemento diferencial, a carta na manga que levamos desse templo centenário. Aluno de Colégio Militar a gente reconhece em qualquer lugar, porque ele sempre se destaca, ele sempre tem algo mais. Aluno de Colégio Militar é diferente, sim, porque é especial. E, diante das emoções da vida pós-CMRJ, o coração ainda bate na cadência do bumbo e isso é como se fosse o sino da nossa aldeia, soando distante na alma, mas bem perto no coração. Ter sido um dia aluno do Colégio Militar do Rio de Janeiro é sentir sempre a saudade mais perto. Sempre.
(CMRJ - Turma Maria Quitéria 1999)
Rio/Outubro/2000
“Ó sino da minha aldeia,
Dolente, na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro de minh’alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como o triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida...
Por mais que me tanjas perto,
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho,
Soas-me, na alma, distante.
A cada pancada tua,
Vibrante, no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto...”
Fernando Pessoa
Assim como Fernando Pessoa canta a inevitável lembrança do lugar onde fincou suas raízes, eu canto a lembrança dessa aldeia antiga por onde passa tanta gente: a Casa de Thomaz Coelho. Ter sido um dia aluno do Colégio Militar do Rio de Janeiro é sentir sempre a saudade mais perto. E muito perto. Um jovem cadete de Thomaz Coelho cresce inserido em um contexto tão repleto de tradições e ritos que é impossível não absorver de alguma forma os valores que são pregados. E os valores não perecem, permanecem dentro de nós para sempre.
Em 111 anos, o Imperial Colégio Militar, fundado para amparar os filhos de militares falecidos na Guerra do Paraguai, formou várias gerações de homens e, desde 1989, de mulheres que ajudaram a construir nosso país. Mas “formar” adota um sentido especial quando tratamos do CMRJ. Um aluno do Colégio Militar aprende desde cedo a amar a pátria, a ser companheiro, a ser líder, a obedecer quando o outro é líder, a trabalhar em grupo harmonicamente, a dividir tarefas, a respeitar horários, a respeitar as pessoas. Um aluno do Colégio Militar aprende desde cedo os valores que há muito tempo as pessoas deixaram de transmitir e que são valores fundamentais para a convivência pacífica entre os homens. Além de assegurar uma formação acadêmica impecável, como todo grande colégio, a Casa de Thomaz Coelho transmite noções de cidadania e, mais que isso, prepara seus alunos para uma vida de sucesso. E é por isso que tantos jovens cadetes do Thomaz Coelho se tornaram grandes personalidades nacionais e tantos outros prometem seguir o mesmo caminho. É só conferir.
Quem atravessa o imponente portão rumo à vida fora dos muros do Colégio Militar do Rio de Janeiro conhece a sensação de ter dezessete, dezoito anos e carregar uma bagagem de mais de 100 anos de experiência. E é essa bagagem o maior tesouro que uma pessoa pode ter. É essa bagagem o elemento diferencial, a carta na manga que levamos desse templo centenário. Aluno de Colégio Militar a gente reconhece em qualquer lugar, porque ele sempre se destaca, ele sempre tem algo mais. Aluno de Colégio Militar é diferente, sim, porque é especial. E, diante das emoções da vida pós-CMRJ, o coração ainda bate na cadência do bumbo e isso é como se fosse o sino da nossa aldeia, soando distante na alma, mas bem perto no coração. Ter sido um dia aluno do Colégio Militar do Rio de Janeiro é sentir sempre a saudade mais perto. Sempre.
(CMRJ - Turma Maria Quitéria 1999)
Rio/Outubro/2000