TEORIA DO NOVO TEMPO
Já faz alguns anos que em conversas informais e bate-papos as pessoas comentam sobre a rapidez com que o tempo passa. Dizem que estão numa segunda-feira e num piscar de olhos já é sexta-feira, que mal começaram a fazer algo simples e nem deu “tempo” de terminar.
Alguns justificam alegando que isso é em razão da vida moderna, da correria e da grande quantidade de coisas para se preocupar e fazer e que antigamente tudo era mais tranquilo.
Essa pode ser uma justificativa interessante, mas mesmo pessoas que não levam uma vida corrida também têm essa mesma sensação que o tempo passa mais rápido.
Particularmente, tenho uma teoria que intitulei como a “Teoria do Novo Tempo” e gostaria de compartilhar com outras pessoas, para que o assunto fosse levado em consideração.
Aprendemos nos primeiros anos de escola que o ano é medido pelo movimento de translação da terra, isto é, a volta que a terra dá em torno do sol. Ficou estabelecida a medida de 365 como sendo uma volta em torno do sol e 366 em decorrência de ajustes.
Também aprendemos que o movimento de rotação representa um dia de 24 horas, e que esse movimento é o giro da terra em seu próprio eixo imaginário.
Ao mesmo tempo em que a terra rotaciona em seu eixo, gerando o dia e a noite, onde um lado fica exposto ao sol e o outro na escuridão, ela também gira em torno do sol.
Agora, pensando de forma diferente, suponhamos que num dado momento a terra passe a girar mais rapidamente em um desses dois movimentos, translação ou rotação, ou mesmo nos dois simultaneamente. Isso não alteraria a contagem de dias, horas ou anos, pois foram estabelecidas as unidades de medida, dia e ano a partir dos movimentos e não o contrário.
Para exemplificar: Suponhamos que eu queria criar uma unidade de tempo a partir de um movimento, de minha casa até o centro estabeleço que esse percurso de 500 metros se chamará X, ai eu fraciono esse trecho em 10 partes e cada parte eu chamo de Y. Y seria décima parte de X, sempre, em qualquer situação.
Pronto, estabeleci um novo conceito de tempo, onde X é o dia e Y a hora. Se depois de estabelecido esse conceito, eu andar mais rápido nada mudará, y continuará sendo a décima parte de X, apenas sentirei a sensação que tudo foi mais rápido.
Supondo que isso seja um fato, o dia continuaria tendo 24 horas e o ano 365 dias. Só poderia ser perceptível essa mudança pelo sistema sensorial, teríamos apenas a sensação que tudo acontece mais rápido, mas no mesmo espaço de tempo marcado no relógio e no calendário.
Talvez, para poder identificar esse acontecimento, não que isso seja exato, teríamos que nos tornar independentes do sistema de marcação de tempo de nosso planeta, de nosso sistema solar, deveríamos estabelecer outra unidade de tempo, mas que fosse associada a movimentos fora de nosso sistema, sem parâmetros com as medidas adotadas hoje.
Mas, como tudo é calculado, medido e analisado a partir de nosso conceito de tempo colocamos o nosso padrão como universal, mas isso é pertinente apenas a nós que vivemos na terra e que associamos a passagem o tempo aos seus movimentos.
Até parece meio irracional essa possibilidade de outro padrão de medida, mas um dia ele terá que ser criado. Todo o universo está em movimento e esses movimentos podem se tornar mais lentos ou mais rápidos, mas como notá-los se nosso padrão de marcação do tempo é tido como exato. Talvez seja até egoísta se comparado com outras leis universais que ainda desconhecemos.
Se esse suposto aumento de velocidade dos movimentos da terra pudesse ser medido, uma pessoa que pensa que tem 50 anos na verdade teria menos ou mais. Pois há dois fatores que determinariam a idade: O movimento alterado da terra em relação ao envelhecimento e a relação do envelhecimento a própria medida do tempo.
Há um boato científico que fora da orbita da terra o envelhecimento ocorra mais lentamente. Mas pode ser que não seja nada disso, pode ser que nossa medida do tempo é que esteja equivocada ou pertinente apenas à terra.
Esse conceito pode até ser complicado, mas é muito mais lógico que se imagina.
Até a contagem de distâncias universais pode estar errada, pois todas são baseadas no nosso tempo. Os cientistas lançam no espaço uma onda de rádio que ao retornar, o “tempo” que levou, serve de base para medir a possível distância entre dois pontos. Porém se a terra girou mais rápida, ou mais devagar, tudo isso pode estar com alguma margem de erro.