A grande mãe independe da quantidade de filhos
O Dia das Mães é uma data muito importante, especialmente para o comércio. A comemoração aquece o mercado e certamente contribui mais ainda para as dívidas dos brasileiros que já andam com a corda no pescoço e atolados nos empréstimos, especialmente nos malditos consignados, financiamentos, cartões de crédito e cheque especial.
O presente se tornou item obrigatório para todos os filhos que amam suas genitoras. É como se a maior de todas as relações de amor, pois assim a considero, passasse a se resumir a apenas presentes e comemorações em uma única data. As mães deveriam ser parabenizadas e acima de tudo respeitadas todos os dias. Além de tudo, os presentes não deveriam depender de datas criadas com o intuito de alavancar as vendas.
Ao contrário do que alguns defendem, a grande mãe não é aquela que gera uma grande quantidade de filhos, mas é aquela que se preocupa com a melhor formação das suas proles, entregando à sociedade cidadãos dignos, trabalhadores, honestos, pacificadores e colaboradores com um mundo mais igualitário e justo. Seria justo parabenizar aquelas mães que teve como único prazer gerar uma enorme quantidade de filhos sem que se preocupasse com a sua educação e conseqüentemente acabassem no mundo do tráfico de entorpecentes, da prostituição e da violência? Infelizmente, muitas mães na situação de extrema ignorância ainda acreditam que as verdadeiras mães são aquelas que rejeitam os métodos contraceptivos e que colocam filhos no mundo como se fossem ratos, sem evidentemente se preocuparam com o restante da sociedade, especialmente das outras mães que um dia chorarão a perda dos seus filhos para a violência orquestrada por esses tipos “humanos”.
O que dizer de uma mãe que se preocupa apenas em retirar o filho assassino do presídio, ignorando a dor da genitora que perdeu um filho trabalhador, honesto e companheiro que só se preocupava em promover a paz? A este tipo de mãe, tão freqüente na nossa sociedade, devemos parabenizar?
A verdadeira mãe pode ter dez ou ter apenas um filho, aliás, a grande mãe nem precisa gerar filhos no seu útero. Ela precisa apena concebê-lo no coração e educá-lo para conviver conforme as convenções sociais. Feliz é a mãe cujos filhos são uma bênção para a sociedade.