Expedição "Anísio Santiago"

Três amigos de bem com a vida e uma ideia. Américo (advogado), Jayme (delegado de polícia) e Túlio (engenheiro) são grandes amigos em Ribeirão Preto (SP) onde moram, trabalham e têm suas raízes.

Apreciadores de uma boa cachaça artesanal resolveram realizar uma viagem especial batizada de “Expedição Anísio Santiago” ao município de Salinas, norte de Minas Gerais, para conhecer a fazenda Havana onde é produzida a famosa e lendária cachaça Anísio Santiago/Havana.

Para eles a fazenda Havana é uma espécie de reduto sagrado da legítima cachaça brasileira. “A cachaça ali produzida é uma bebida lendária. Quem gosta de uma cachaça de qualidade deve um dia visitar a fazenda Havana e conhecer um pouco da história de Anísio Santiago e do legado que deixou”, diz o advogado Américo.

Os três amigos saíram de Ribeirão Preto no dia 22 de outubro de 2009 logo pela manhã e percorreram cerca de mil quilômetros com suas possantes motos de mil cilindradas até o destino tão almejado. Ao anoitecer chegaram a Montes Claros, principal cidade da região e porta de entrada do sertão norte-mineiro, onde se encontraram com o escritor que aqui vos escreve para um bate papo sobre a cachaça de Salinas e a história de Anísio Santiago, e, claro, para um merecido descanso para no outro dia seguir viagem até o destino traçado.

Dia seguinte, logo pela manhã, céu nublado, com suas possantes motos percorreram o último trecho de 210 quilômetros que faltava pela BR-251 que separa Montes Claros da capital da cachaça, Salinas. A viagem foi rápida, cerca de uma hora e meia. Ao chegarem, logo se encontraram com Osvaldo Santiago, filho e sucessor de Anísio Santiago e seguiram para a fazenda Havana. A tão sonhada viagem estava se materializando. O cansaço era visível, mas todos alegres e satisfeitos.

Chegaram na fazenda Havana lá pelas onze horas da manhã. Acharam a região muito bonita, no sopé da serra dos Bois, distante 14 quilômetros de Salinas. A estrada vicinal que adentra pela fazenda é linha divisória entres os municípios de Salinas e Novorizonte. Gostaram do que viram. Nada lembrava as grandes fazendas de cana do interior de São Paulo. Muito pelo contrário, o canavial de cana, muito pequeno por sinal, se encontrava em sintonia perfeita com o ambiente ao redor, escondido entre as colinas e morros da fazenda.

Conhecer o alambique foi ponto alto da visita. Tudo muito simples, mas muito funcional. Constataram que tudo ali tinha uma história de vida, a história de Anísio Santiago (1912-2002), que projetou aquela fazenda nos mínimos detalhes e que continua com a família desde a década de 1940. Tudo continua o mesmo desde quando faleceu em 2002. Osvaldo Santiago, diz que “Tudo aqui permanece como ele deixou. Não vamos mudar nada. O método de produção da Anísio Santiago/Havana é o mesmo”. Extasiados, provaram da cachaça no momento da fabricação. Prosearam com Osvaldo Santiago e tiraram muitas fotos.

Satisfeitos com a atenção do Sr. Osvaldo, agradeceram pela honra da visita e prometeram voltar no ano seguinte para conhecer o Festival Mundial da Cachaça de Salinas. Serão recebidos de braços abertos pelo povo de Salinas.
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Autor do texto:
Roberto Carlos Morais Santiago
Enviado por Roberto Carlos Morais Santiago em 06/05/2010
Reeditado em 18/05/2010
Código do texto: T2241252
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