De mim pra mim...

Sempre que amei de verdade mostrei minha alegria como se fosse alegoria.Quando estive apaixonada corri feito maluca pelos corredores do meu cérebro, tentando avisar os poucos neurônios em depressão.Sempre muito verdadeira,tento expulsar os sentimentos ruins, que por ventura se apoderam do meu coração.Não sei esconder a tristeza e muito menos a alegria. Com certeza não sou única,talvez comum. Em outras, estranha,mas bem humorada. Sou várias ,mas bem resolvida.Chorona assumida, me decepciono, choro,perco alguém ,choro,sinto saudades ,me descabelo...Sempre.Danço, me embalo e embriago nesse sentimento.

Sou cheia de erros que tento consertar. Busco os acertos, muitas vezes sem sucesso. Me decepciono comigo mesma, me emburro e deixo de falar sozinha, para não ter diálogo com essa que me magoou.

Não perco minha metade moleca, gosto de correr na chuva, comer brigadeiro de colher, sentar no colo, chorar escondida atirada na cama.

Manipulo minha metade mulher, para não ser fatal demais, nem desenxabida por excelência.

Brigo com os cabelos,com os pés,( como são feios)...credo incruis, as lágrimas aparecem mesmo sem querer,relembro quantas coisas deixei lá atrás...Me inspiro em fatos isolados.Mas como esquecer que te deixei pra hoje me sentir assim,sem pai ,sem mãe.

Não morro mais de amores, talvez só de saudades.Ah! essa saudade não sei de que ,que vem de longa data,que me inspira,que dói fundo na alma.Mas decidi:Não quero mais coisas pequenas,sonhos sem nexo, virei exigente quando amadureci.Deixei de me preocupar com o que os outros pensam já há tempos.Mas continuo me preocupando todos os dias com aqueles que amo.As vezes esqueço aniversários, recadinhos de amor, botei fora cartas, e-mails e cartões. Mas não esqueci o principal: que sozinha, não sou eu. Só sou eu se estiver bem pertinho daqueles que eu amo.Sozinha consigo muito pouco,no máximo alguns minutos com minha sombra...

Cora Baesso
Enviado por Cora Baesso em 06/05/2010
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