A invenção de Lula: a roda quadrada persa.

A invenção de Lula: a roda quadrada persa.

Lula em breve embarca para o Irã, para manifestar apoio ao perigoso governo de seu Presidente, Mahmud "Maluco" Ahmadinejad, em especial quanto ao desenvolvimento da política nuclear do país, cuja finalidade, até as pedras do deserto persa sabem, é levar à construção de bombas nucleares, que aquele governo pretende despejar num país vizinho - Israel, com a finalidade de varrê-lo mapa, com israelenses dentro, se possível.

Depois das últimas declarações de Lula sobre política e posse de armamento nuclear pelo Irã, aquela conversa fiada de Celso Amorim - o pigmeu da diplomacia, que atualmente reponta no Itamarati - de que o país busca o domínio da tecnologia nuclear para fins pacíficos, cai por terra.

Com as coisas postas nesta altura, se conclui que o governo brasileiro reconhece que o Irã não está em busca apenas de meios para a de energia nuclear (e precisaria, com petróleo petróleo à vontade, para alimentar termoelétricas?), e sim, da tecnologia para a fabricação de da bomba atômica, e o que está em discussão, então é a possibilidade do Irã ter armamentos nucleares e o que o governo iraniano pretende fazer dele.

Ora, o Irã, a despeito da fachada das eleições, atualmente é um país cujo governo se caracteriza na base, por uma ditadura teocrática e, na estrutura administrativa, um governo militarizado, sob o comando de um m-a-l-u-c-o chamado Mahmud Ahmadinejad - aquele, que nega o holocausto judeu, talvez por que julgue que seja capaz de coisa do que fez Hitler, pois prega insistentemente e, planeja a destruição, a um só tempo do país, da pátria judaica e dos judeus.

Em termos de região, o governo iraniano é conhecido por sua política belicosa e agressiva, que espalha a violência, a cizania e o terror na região do Oriente próximo, através dos dois grupos terroristas que financia, o Hisbollah e o Hamas.

O argumento de Lula é de que é preciso estabelecer uma nova política de desarmamento mundial, pois na mente do nosso Presidente da República, um país igual aos EUA, que detém um dantesco arsenal nuclear, não pode ditar a norma e impedir que outros países tenham construam a bomba atômica e constitua o seu próprio arsenal nuclear.

Parece algo surpreendemente simples, não é? Ora, se queremos promover a igualdade entre os povos e nações, então eles devem ter, na prática os mesmos direitos e oportunidades, inclusive em relação à política nuclear. Porque será que ninguém pensou nisso? Lula simplificou as coisas e cobrou a igualdade entre povos e nações na prática, nada mais...

Pois é. Parece algo simples. E é, se partimos de um raciocínio simplista - ou malandro.

A um Presidente da República de um país da importância do Brasil, não são permitidos os simplismos, num mundo de relações tão complexas e intricadas, estabelecidas historicamente. E, é impossível que o chefe da nação não perceba tal circunstância assistindo ao Jornal Nacional, por exemplo.

Lula costuma repetir que o Brasil está creditado a apresentar como mediador do Irã, alegando que é presidente de um país cuja Constituição proíbe a fabricação de artefatos nucleares do Brasil. Mas, esta frouxa argumentação serve apenas para demonstrar que o nosso Presidente da República não adere nem encarna ao espírito pacifista da nossa Constituição Federal - já que, em vez de defender o controle de proliferação de armas nucleares no mundo - posicionando-se, por isso mesmo, contra a iniciativa do governo iraniano, prefere aderir à política agressiva, belicista e genocida de um governo estrangeiro*.

O pesado arsenal nuclear constituido por EUA, Rússia e China ocorreu em decorrência da chamada "Guerra Fria", disputa de natureza geopolítica, travada por décadas, entre o ocidente democrático e a URSS e China e seus satélites políticos, governados ordinariamente por ditaduras comunistas.

A despeito do imenso poderio e perigo representado por tais arsenais, entretanto, nem a URSS, nem os EUA (a despeito da crise decorrente da presença de mísseis nucleares russos em Cuba, via Fidel Castro) nem a China se utilizaram deles em todo esse tempo, o que demonstra que o objetivo de sua constituição era a dissuasão dos oponentes, e não, a promoção de um conflito de natureza nuclear.

Como se sabe, a certa altura e, diante da ameaça que as armas nucleres representavam, os organismos internacionais e as grandes potências do mundo estabeleceram uma política de distensão e destruição gradativa dos seus arsenais, assim como o controle do desenvolvimento de tecnologia nuclear e, especialmente, de proliferação de armas nucleares no mundo, procurando evitar, inclusive, que tais armamentos viessem a cair na mão de párias da política regional e mundial. E nesse sentido, o armamento que possuem, ainda funcionam, sim, como elemento de dissuasão.

Sim, Israel, tem armamentos nucleares. Mas, a despeito de todas as agressões sofridas, já provou que os tem para fins de garantia de existência do país e, equilibrar forças, num ambiente regional ameaçador.

O Irã sofre a contínua ameaça de destruição ou invasão, como sofre Israel - cuja destruição é querida por vários governos árabese e o governo persa? O Irã é objeto de uma discriminação histórica ou agressão política como os judeus e israelenses? Também não. Então, qual a motivação do país para construir armas atômicas?

Os governos dos países árabes vizinhos vizinhos do Irã o temem, não é à toa. O Líbano, por exemplo, tem parte de seu território controlado por um dos grupos terroristas financiados por Irã e Síria.

Com sua estroina política exterior, Lula, quer mostrar fazer lá fora, o que não pode fazer aqui, para chamar a atenção: desatinos. Apoiando genocidas, golpistas, párias e ditadores, o governo brasileiro vem chamando cada vez mais a atenção - e, na mesma proporção perdendo crédito, junto à comunidade internacional, o que inclui a impossibilidade de ocupar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Com sua argumentação em favor do Irã, Lula fala com o entusiasmo de quem parece ter inventado a roda. E parece que está inventando uma roda nova, mesmo. Com um pequeno detalhe: o modêlo de roda que apresenta ao mundo é quadrado! Não serve para movimentar nada. Mas, serve para usar no pescoço, se alguém quer aparecer a qualquer custo.

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Um Presidente da República que não encarna o espírito da Consituição pacifista da Constituição de seus país e, no entanto, é capaz de aderir à política agressiva, belicista e genocida de um outro país... Este é Lula, o filho do Brasil!

* Chavez também está nessa, mas o papel que reservou para si e seu país é outro: fornecer o urânio in natura, para enriquecimento no Irã. Mas, é claro, ele também sustenta publicamente a posição do presidente do Brasil.

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Voltei em 18.05.2010, apenas para registrar:

Lula anunciou um acordo com o governo do Irã. Refino de urânio só a 3%. Horas depois, Ahmadinejad, entretanto, escarnecendo do abelhudo, anunciou ao mundo que, a despeito do acordo, o Irã seguiria enriquecendo a coisa à taxa de 40%.

Lula,porém, já havia "corrido pro abraço", saindo do Irã para a Europa, onde ia receber um prêmio pela preservação dos princípios de governo de FHC de uma entidade espanhola e, depois, esticaria à França, para posar para fotos e comemorar sua estrambótica vitória ao lado de Sarcozy - entrementes confirmar aquele negócio rombudo dos jatos da FAB.

Mas, veio a surpresa dos membros do Conselho de Segurança da ONU - EUA à frente, anunciando novas sanções ao Irã, colocando Lula em seu lugar e chamando a diplomacia brasileira à ordem, informando nas entrelinhas entrelinhas do Hilary disse, que o governo brasileiro não deve se meter onde não foi chamado.

Acabou-se a aventura dos palanques planetários, a fantasia de grande liderança mundial e, o sonho de um carguinho importante na ONU e assento permanente do Brasil no Conselho de Segurança da Entidade - onde pontuam os representantes de governos responsáveis.

Amorim dá faniquitos e diz que vai emitir uma carta de repúdio, mas não se imagina quem seja o destinatário. E Marco Aurélio Garcia - Assessor para Assuntos Esquerdistas de Lula, agora sabe o que sentir na pele o top!, top!, top!, top!, que tanto aprecia.

Mas Lula tem um país inteiro e a imprensa "a favor", para suprir suas fantasias megalomaníacas.

Não posso finalizar sem teclar uma palavra duas coisas.

Sinal de mau agouro: nas últimas viagens de Lula, a morte de presos políticos o vem precedendo. Enquanto estava visitava Cuba, morreu o líder dissidente Orlando Zapata - ocasião em que nosso presidente recusou-se a receber cartas dele das mãos de familiares, e, agora, no Irã, onde seis perseguidos do regime dos aiatolás foram enforcados em praça pública.

E...:

- Obamis!

Em 20.05.2010 - agora foi divulgado o texto do suposto acordo. E se trata apenas de uma declaração conjunta dos três países, onde o Irã - que já sofre sanções da ONU porque desafia às regras do Tratado de Não-Proliferação Atômica - "dispõe-se" a "conceder" ao Conselho de Segurança da ONU a oportunidade de renegociar a questão. Por isso, deu no que deu.

Parece piada - mas é provocação.