A EUROPA RECLAMA
A EUROPA RECLAMA
“Um povo não nasce do poder, ele é uma criatura do amor. E o poder só tem sentido quando é uma ferramenta para a realização do amor”. Os povos são construídos com os sonhos. Aqueles que partilham sonhos se dão às mãos e caminham juntos. E esse, é, precisamente, o inicio da política, que poderia até ser definida como a arte de administrar os sonhos de um povo. Um bom relacionamento se faz, com a política da boa vizinhança. Mas, infelizmente, esse relacionamento não acontece entre, Rússia e Ucrânia. Conflitos passados repercutem hoje entre as duas nações, trazendo sérios prejuízos para a comunidade européia, que depende do gás natural, fornecido pela Rússia, e que estrategicamente, tem de passar pelo território ucraniano. Crise gerada, paises europeus reclamam. Rússia promete solucionar problema.
Alexander Medvedev, vice-presidente da estatal russa do setor, a Gazprom, afirmou que repassaria a injetar um fluxo suplementar de 95 milhões de m³ do gás natural, no gasoduto que atravessa o território da Ucrânia, para sanar a crise pela diminuição do fornecimento do combustível. A situação tende a se agravar, se a Rússia continuar penalizando a Ucrânia, visto que as baixas temperaturas estão provocando uma grande onda de frio, e a população que depende do gás para o funcionamento de seus aquecedores, sofre. A variação no fornecimento de gás pode ser medida em percentual assim discriminado; Grécia (-40%), República Tcheca (-30%), Eslováquia (-30%), Croácia (-30%), Itália (24%), Polônia (-14%), Romênia, Turquia e Hungria não houve variação. Cerca de 80% do gás natural consumido pela União Européia passa pela Ucrânia. A Mondova, pequena ex-República soviética enfrenta problema semelhante ao da Ucrânia.
Na Áustria, o conglomerado energético de gás ENI tem outras de fornecimento. Mas recebe 24% a menos do combustível russo. Na Grécia, Turquia e República Tcheca sofreu variações insignificantes. A Rússia manda um recado aos países do Leste Europeu que escaparam de sua esfera de influência ao integrarem a União Européia. Seus vínculos comerciais podem hoje passar por Bruxelas.Mas, em termos energéticos, o vinculo principal ainda passa por Moscou. A truculência tem uma contrapartida. A pressão contra a Ucrânia pode ser interpretada como ameaça aos países da Europa Ocidental, afirmou um deputado alemão. O país perdeu com a crise e uma oportunidade de se passar “por um vizinho bem comportado”, disse a Associated Press especialista de uma universidade britânica. Brasil escapa ileso da crise do gás natural na Europa Oriental e Ocidental, causada pelos conflitos entre Rússia e Ucrânia. O caminho da entrada é o caminho da saída.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-ESTUDANTE DE JORNALISMO DA FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA (FGF)-MEMBRO DA ACI (ASSOCIAÇÃO CEARENSE DE IMPRENSA).