CONSIDERAI...
O pecado é uma herança de origem espiritual, por isso, São Paulo afirma: “Como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim a morte passou a todo o gênero humano, porque todos pecaram...” (Rm 5,12). E ainda: “Com efeito, todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus, e são justificados gratuitamente por sua graça; tal é a obra da redenção, realizada em Jesus Cristo”. (Rm 3,23-24).
O Catecismo da Igreja Católica define o pecado como sendo uma falta grave contra Deus e é traduzido por “uma palavra, um ato ou um desejo contrários à Lei Eterna”. (CIC 1849-50). Por isso, o pecado é a ausência do verdadeiro bem, visto que deixa-se o Bem Eterno pelo bem passageiro, fugaz, incapaz de satisfazer a quem o comete; o resultado nefasto de tal distorção é o vazio existencial e a morte; a não ser que haja arrependimento sincero, para se obter o perdão divino pela absolvição sacramental e assim voltar ao convívio sagrado, à perfeita comunhão com o Senhor.
Vede o que São João escreve sobre isso: “Todo aquele que peca transgride a lei, porque o pecado é transgressão da lei. Sabeis que (Jesus) apareceu para tirar os pecados, e que nele não há pecado.Todo aquele que permanece nele não peca; e todo o que peca não o viu, nem o conheceu”. (1Jo 3,4-6).
Ora, a Lei de Deus é um remédio, uma proteção, uma força divina contra o pecado e todo o mal. Quem a cumpre se encontra protegido porque permanece em estado de graça, isto é, de felicidade, e vive a realidade da plena comunhão com a Vontade de Deus; por isso, é intocável pelo mal por causa da inocência que carrega em si; e mesmo que passe por diversas provações, sai ileso, porque essas provações lhe servem de mérito e não de pesar.
Vejamos um exemplo disso: “Chamaram os apóstolos e mandaram açoitá-los. Ordenaram-lhes então que não pregassem mais em nome de Jesus, e os soltaram. Eles saíram da sala do Grande Conselho, cheios de alegria, por terem sido achados dignos de sofrer afrontas pelo nome de Jesus. E todos os dias não cessavam de ensinar e de pregar o Evangelho de Jesus Cristo no templo e pelas casas”. (At 5,40-42).
Também São Tiago escreve sobre isso: “Considerai que é suma alegria, meus irmãos, quando passais por diversas provações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. Mas é preciso que a paciência efetue a sua obra, a fim de serdes perfeitos e íntegros, sem fraqueza alguma”. (Tiag 1,2-4).
O pecador que experimenta em sua alma a misericórdia de Cristo Jesus, experimenta a verdadeira libertação espiritual, porque Cristo é o cumprimento de toda a lei e veio da parte do Pai para nos dar a salvação. Ser salvo por Ele significa ser livre do pecado, do demônio, autor e princípio do pecado e da morte.
Sabemos por experiência natural do livre arbítrio de que somos dotados, mas isso não significa que não somos dependentes. Porém, a pior de todas as dependências é a escravidão do pecado, pois, nela se encontra a força tenebrosa demoníaca a que o ser humano se prende quando sede sua liberdade natural ao mal. Vejamos como isso acontece.
Ninguém em sã consciência comete qualquer pecado sem que, primeiro venha a tentação; segundo, ela seja aceita; terceiro, se decida pelo pecado; e quarto, se cometa o mesmo. Ou seja, ninguém em sã consciência é culpado de qualquer mal sem que aconteça esse processo; em outras palavras, pode-se muito bem, pela liberdade e autoridade de existir, dada por Deus às suas criaturas, se evitar o mal.
Aliás, São Tiago já nos alertou sobre isso: “Feliz o homem que suporta a tentação. Porque, depois de sofrer a provação, receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam. Ninguém, quando for tentado, diga: É Deus quem me tenta. Deus é inacessível ao mal e não tenta a ninguém. Cada um é tentado pela sua própria concupiscência, que o atrai e alicia. A concupiscência, depois de conceber, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. Não vos iludais, pois, irmãos meus muito amados”. (Tiag 1,12-16).
Também São Paulo assim discorre a esse respeito: “Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapassasse as forças humanas. Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação ele vos dará os meios de suportá-la e sairdes dela”. (1Cor 10,13).
Por acaso, da parte do Senhor, faltará para seus filhos e filhas prazer, satisfação, salvação, santidade, alegria, paz, vida eterna? Nunca. O problema é que os homens buscam esses bens em si mesmos e não em Deus, seu criador, que é a Fonte de todo Bem. Ora, fomos criados por Deus para vivermos em perfeita união com Ele pela obediência aos seus mandamentos. E mesmo os homens se desgarrando da proteção divina; o Senhor não nos deixou escravos de nossos pecados, mas veio em nosso socorro, enviando o seu Filho amado para nos resgatar e livrar de todo o mal, por meio de sua morte e ressurreição; logo, quem vive em Cristo, vive a realidade de ser nova criatura à caminho da santificação eterna.
“Assim, meus caríssimos, vós que sempre fostes obedientes, trabalhai na vossa salvação com temor e tremor... Porque é Deus quem, segundo o seu beneplácito, realiza em vós o querer e o executar. Fazei todas as coisas sem murmurações nem críticas, a fim de serdes irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus íntegros no meio de uma sociedade depravada e maliciosa, onde brilhais como luzeiros no mundo, a ostentar a palavra da vida”. (Fil 2,12a-16a). “Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. (Cl 3,17).
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.
O pecado é uma herança de origem espiritual, por isso, São Paulo afirma: “Como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim a morte passou a todo o gênero humano, porque todos pecaram...” (Rm 5,12). E ainda: “Com efeito, todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus, e são justificados gratuitamente por sua graça; tal é a obra da redenção, realizada em Jesus Cristo”. (Rm 3,23-24).
O Catecismo da Igreja Católica define o pecado como sendo uma falta grave contra Deus e é traduzido por “uma palavra, um ato ou um desejo contrários à Lei Eterna”. (CIC 1849-50). Por isso, o pecado é a ausência do verdadeiro bem, visto que deixa-se o Bem Eterno pelo bem passageiro, fugaz, incapaz de satisfazer a quem o comete; o resultado nefasto de tal distorção é o vazio existencial e a morte; a não ser que haja arrependimento sincero, para se obter o perdão divino pela absolvição sacramental e assim voltar ao convívio sagrado, à perfeita comunhão com o Senhor.
Vede o que São João escreve sobre isso: “Todo aquele que peca transgride a lei, porque o pecado é transgressão da lei. Sabeis que (Jesus) apareceu para tirar os pecados, e que nele não há pecado.Todo aquele que permanece nele não peca; e todo o que peca não o viu, nem o conheceu”. (1Jo 3,4-6).
Ora, a Lei de Deus é um remédio, uma proteção, uma força divina contra o pecado e todo o mal. Quem a cumpre se encontra protegido porque permanece em estado de graça, isto é, de felicidade, e vive a realidade da plena comunhão com a Vontade de Deus; por isso, é intocável pelo mal por causa da inocência que carrega em si; e mesmo que passe por diversas provações, sai ileso, porque essas provações lhe servem de mérito e não de pesar.
Vejamos um exemplo disso: “Chamaram os apóstolos e mandaram açoitá-los. Ordenaram-lhes então que não pregassem mais em nome de Jesus, e os soltaram. Eles saíram da sala do Grande Conselho, cheios de alegria, por terem sido achados dignos de sofrer afrontas pelo nome de Jesus. E todos os dias não cessavam de ensinar e de pregar o Evangelho de Jesus Cristo no templo e pelas casas”. (At 5,40-42).
Também São Tiago escreve sobre isso: “Considerai que é suma alegria, meus irmãos, quando passais por diversas provações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. Mas é preciso que a paciência efetue a sua obra, a fim de serdes perfeitos e íntegros, sem fraqueza alguma”. (Tiag 1,2-4).
O pecador que experimenta em sua alma a misericórdia de Cristo Jesus, experimenta a verdadeira libertação espiritual, porque Cristo é o cumprimento de toda a lei e veio da parte do Pai para nos dar a salvação. Ser salvo por Ele significa ser livre do pecado, do demônio, autor e princípio do pecado e da morte.
Sabemos por experiência natural do livre arbítrio de que somos dotados, mas isso não significa que não somos dependentes. Porém, a pior de todas as dependências é a escravidão do pecado, pois, nela se encontra a força tenebrosa demoníaca a que o ser humano se prende quando sede sua liberdade natural ao mal. Vejamos como isso acontece.
Ninguém em sã consciência comete qualquer pecado sem que, primeiro venha a tentação; segundo, ela seja aceita; terceiro, se decida pelo pecado; e quarto, se cometa o mesmo. Ou seja, ninguém em sã consciência é culpado de qualquer mal sem que aconteça esse processo; em outras palavras, pode-se muito bem, pela liberdade e autoridade de existir, dada por Deus às suas criaturas, se evitar o mal.
Aliás, São Tiago já nos alertou sobre isso: “Feliz o homem que suporta a tentação. Porque, depois de sofrer a provação, receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam. Ninguém, quando for tentado, diga: É Deus quem me tenta. Deus é inacessível ao mal e não tenta a ninguém. Cada um é tentado pela sua própria concupiscência, que o atrai e alicia. A concupiscência, depois de conceber, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. Não vos iludais, pois, irmãos meus muito amados”. (Tiag 1,12-16).
Também São Paulo assim discorre a esse respeito: “Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapassasse as forças humanas. Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação ele vos dará os meios de suportá-la e sairdes dela”. (1Cor 10,13).
Por acaso, da parte do Senhor, faltará para seus filhos e filhas prazer, satisfação, salvação, santidade, alegria, paz, vida eterna? Nunca. O problema é que os homens buscam esses bens em si mesmos e não em Deus, seu criador, que é a Fonte de todo Bem. Ora, fomos criados por Deus para vivermos em perfeita união com Ele pela obediência aos seus mandamentos. E mesmo os homens se desgarrando da proteção divina; o Senhor não nos deixou escravos de nossos pecados, mas veio em nosso socorro, enviando o seu Filho amado para nos resgatar e livrar de todo o mal, por meio de sua morte e ressurreição; logo, quem vive em Cristo, vive a realidade de ser nova criatura à caminho da santificação eterna.
“Assim, meus caríssimos, vós que sempre fostes obedientes, trabalhai na vossa salvação com temor e tremor... Porque é Deus quem, segundo o seu beneplácito, realiza em vós o querer e o executar. Fazei todas as coisas sem murmurações nem críticas, a fim de serdes irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus íntegros no meio de uma sociedade depravada e maliciosa, onde brilhais como luzeiros no mundo, a ostentar a palavra da vida”. (Fil 2,12a-16a). “Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. (Cl 3,17).
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.