Filosofia Chinesa
O estudo da Filosofia Chinesa postula que a realidade deve ser vista de acordo com o “Tao” sendo o princípio de tudo. Segundo Lao Tse “o Tao que pode ser explicado não é o eterno Tao, o nome que pode ser descrito não é o nome invariável”. O que isto quer dizer é que o eterno Tao não pode ser traduzido por palavras e nem tampouco pode ser definido o nome invariável, porque as palavras não são mais do que símbolos e, definir é limitar-se, é restringir.
O Tao como o absoluto é o qual deu origem a todas as coisas do Universo e de acordo com essa filosofia o Tao dividiu-se em duas forças o YIN e o YANG e, essas estão contidas uma a outra, pois cada uma tem seu oposto dentro de si mesmo. Isto quer dizer que o oposto cresce lentamente até destruir seu hospede, ou seja, há um movimento no qual um transforma-se em outro e vice-versa.
O que ocorre é que todo fenômeno, objeto ou ser vivo, existe a partir da inter-relação constante entre o YIN e YANG e, esses com aspectos opostos formam a combinação que constitui o Universo, a diversificação da unidade.
Diante disso, é possível afirmar que não dá para postar-se como observador diante do Universo da seguinte maneira: a pessoa, o objeto e o ato, pois separados, a pessoa se abstrai do todo para observar; o objeto se apresenta a distância sob a observação e a atitude afasta o observador. Esses limites tornam-se difíceis para um comportamento unitário afastando sempre o individuo dos acontecimentos e, de certo modo, isentando-o de responsabilidades.
O homem que se apresenta dissociado da vida, afastado do universo, fora das ocorrências como um ser à parte dos fatos não consegue dar conta de que a unidade se encontra presente no conjunto, que por sua vez se faz unitário. Na inteireza da unidade, todos agentes que a constituem são portadores do mesmo grau de responsabilidade, a beneficio do conjunto. Tal compreensão do mecanismo existencial deflui de uma capacidade de observação, que faz parte da vida, que de igual modo, depende do individuo observador, ou seja , o olho que observa é, ao mesmo tempo, o olho observador, responsável pela observação. Daí a criatura não poder se isolar da harmonia geral ou do coletivo porque ao mergulhar na harmonia geral, o homem deve contribuir conscientemente para mantê-la, observando-a e com ela se identificando e, conseqüentemente, claro, pode haver o equilíbrio, que é o que o “Tao”, na filosofia chinesa, tem como característica principal por meio dos elementos YIN e YANG.
Somente uma atitude saudável pode alcançar uma meta, em especial o equilíbrio cósmico, mas isso atualmente está longe de acontecer. Para melhor entender é necessário um retrocesso no panorama geral quanto o ser “homem” no universo.