Água, só da torneira
Os Estados Unidos estão lançando uma campanha que propõe o consumo de água da torneira em vez de água mineral. O governador de Nova Iorque, David Paterson, decretou em maio deste ano que não será mais gasto dinheiro público em compras com água engarrafada, e que os funcionários do governo terão que frequentar o bebedouro. Nos estados de Virginia e Illinois, essa atitude também foi colocada em prática.
Mais de 141 bares, restaurantes e cafeterias, em Londres, oferecem aos seus clientes jarras de água da torneira. A campanha chama atenção para alto consumo de água mineral e os estragos causados pelas milhares de garrafas pet que são consideradas lixo altamente poluente, e que causam ao meio ambiente.
No Brasil, a produção de água mineral engarrafada é uma atividade em expansão, sendo o quarto mercado consumidor, e tendo em média um crescimento de 10% ao ano. De acordo com a Associação Brasileira de Refrigerantes e Bebidas Não-Alcoólicas (Abir), são consumidos no país 8,3 bilhões de litros por ano de água mineral.
O Brasil tem regras rígidas para o tratamento de águas coletadas em rios e mananciais. O processo é regulamentado pelo Ministério da Saúde, e prevê a análise da água desde o tratamento até a sua distribuição. No Paraná, quem cuida do tratamento e distribuição da água encanada é a Sanepar, que garante que a água que chega pela torneira pode e deve ser consumida sem problemas, pois passa por um rígido tratamento até chegar ao consumidor.
Técnicos da empresa alertam, no entanto, sobre a importância de se fazer uma limpeza na caixa d’água de seis em seis messes. Dizem que a empresa atende aos padrões de portabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde e que, no entanto, a sujeira ou caixa mal tampada pode comprometer a qualidade do produto.
Outra empresa do Paraná que garante a qualidade de sua água é a Água Mineral Ouro Fino, em Campo Largo, onde o produto é retirado da fonte e vai diretamente para garrafinha, segundo a empresa mantendo intactos os sais minerais presentes na água. Para a nutricionista Adriane Rocha Tucznsky, as duas águas são boas, mas recomenda a água mineral por ser de fontes limpas e prontas.
Recomenda-se que o ser humano beba em média dois litros de água por dia. Isso pode variar de acordo com atividades exercidas por cada pessoa. A decisão de tomar ou não água da torneira como sugere a campanha proposta pelos Estados Unidos fica a critério de cada um.
O estudante de Comunicação, Gilmar Roscziniak, prefere tomar água da torneira, pois não vê diferença de uma para outra, a não ser o custo, já que a “torneiral” é mais barata. Já a química Luana Molina Sellucio prefere a mineral, porque é mais limpa e não passa por canos sujos. Para não prejudicar o meio ambiente, ela recicla as garrafinhas