Negão; imponência de manter respeito!
De pelagem preta, curta, e peitoril branco, Negão tem cara de fila. Pode até haver aí uma mistura, mas nada que arranhe sua beleza e nem retire-lhe o crédito.
Caráter dócil, guardião incomparável e fiel ao dono, são as principais características desta raça. Outra, bastante importante, que não deve ser esquecida nunca, é que essa raça tende a atacar desconhecidos. Um disse que ele é intransponível à noite, já outro disse que não; de dia, ou de noite, ele é o mesmo. Não sei! Estou de passagem e nunca é demais lembrar, que para com o fila, é sempre prudente “ficar com um pé na frente,” -outra pérola do provérbio português– para não ser pego de surpresa. Aliás, este dito lusitano, para o caso em questão, nem tão português é assim; no caso de correr por exemplo...
Negão faz a guarda de uma casa comercial aqui em Barão de Cocais, bem ao lado do Hotel onde estou hospedado.
Ela guarda preciosas pedras de mármore. E as guarda muito bem! Guarda também, muito mais que isso.
Há anos por aqui, com certeza tem lá sua estória de vida. Debaixo de sua pelagem preta, rente ao corpo, Negão guarda uma estória de noites escuras, em claro. De pé, ele tem aproximadamente 1,70m. de envergadura.
Com um lanche qualquer na mão, bato na tela e ele sobe amigo. Depois do lanche, acaricio-lhe o peito branco. Ele deixa, mas abaixa o queixo e vai seguindo com aqueles olhos claros e pequenos, o movimento de minhas mãos. Essa indecifrável amizade mete medo.
Nossa Deus!!! Ai,ai,ai digo: calma Negão, calma! Afinal, você não veio nesse mundo só pra ser bonito, não é?
É preciso ser gentil. Vamos! Pratique esta idéia.
Negão guarda também seu nome de batismo. Um rapaz que conhece seu dono Zacarias, disse-me que Negão veio de uma família de seis irmãos e todos estavam num curral, em Rio Piracicaba, cidade próxima de Barão. Disse mais; disse que seu nome verdadeiro é Xerife.
Pode ser, mas prefiro assim; que fique meio que enigmático, conhecer Negão. Em sendo verdade, no mínimo já presenciou seus irmãos arrastando boi, para o matadouro.
Saio de manhã, seu dono ainda não chegou, chego do serviço, seu dono já foi embora. Agora; mexer com Negão à noite, ah, isso eu não pago pra ver. Se num de meus projetos de mineração, eu tiver que substituir equipamentos por animais, certamente Negão será um britador. Preferencialmente, britador de mandíbulas, de pelo menos uns 200HP, que é o mínimo que pode carregar, naquele seu enorme peito branco. Aí meu amigo, aí não haveria tamanho de mataco que engasgasse na goela do Negão. Se você me perguntar, qual o equipamento que eu reservaria para meu cachorrinho Billy ser, (*) eu diria que poderia ser um cortador de amostras, já na linha de embarque, ou quem sabe até, trabalhar no Laboratório químico, de avental branquinho, como ele só.
Voltando ao Negão, a verdade é que, no trabalho durante as manhãs, tenho precisado de muito tempo, pra esquecer Negão. Isso é preciso porque a vida continua.
É dele, a mais recente amizade, travada aqui na cidade.
E essa amizade, tem ritmado, meus dias atuais.
Agora eu pergunto:
Imponente de manter respeito, ou respeito de manter-se imponente?
(*) ver crônica " O cão poodle Billy Gomes de Sá - Lenga"
De pelagem preta, curta, e peitoril branco, Negão tem cara de fila. Pode até haver aí uma mistura, mas nada que arranhe sua beleza e nem retire-lhe o crédito.
Caráter dócil, guardião incomparável e fiel ao dono, são as principais características desta raça. Outra, bastante importante, que não deve ser esquecida nunca, é que essa raça tende a atacar desconhecidos. Um disse que ele é intransponível à noite, já outro disse que não; de dia, ou de noite, ele é o mesmo. Não sei! Estou de passagem e nunca é demais lembrar, que para com o fila, é sempre prudente “ficar com um pé na frente,” -outra pérola do provérbio português– para não ser pego de surpresa. Aliás, este dito lusitano, para o caso em questão, nem tão português é assim; no caso de correr por exemplo...
Negão faz a guarda de uma casa comercial aqui em Barão de Cocais, bem ao lado do Hotel onde estou hospedado.
Ela guarda preciosas pedras de mármore. E as guarda muito bem! Guarda também, muito mais que isso.
Há anos por aqui, com certeza tem lá sua estória de vida. Debaixo de sua pelagem preta, rente ao corpo, Negão guarda uma estória de noites escuras, em claro. De pé, ele tem aproximadamente 1,70m. de envergadura.
Com um lanche qualquer na mão, bato na tela e ele sobe amigo. Depois do lanche, acaricio-lhe o peito branco. Ele deixa, mas abaixa o queixo e vai seguindo com aqueles olhos claros e pequenos, o movimento de minhas mãos. Essa indecifrável amizade mete medo.
Nossa Deus!!! Ai,ai,ai digo: calma Negão, calma! Afinal, você não veio nesse mundo só pra ser bonito, não é?
É preciso ser gentil. Vamos! Pratique esta idéia.
Negão guarda também seu nome de batismo. Um rapaz que conhece seu dono Zacarias, disse-me que Negão veio de uma família de seis irmãos e todos estavam num curral, em Rio Piracicaba, cidade próxima de Barão. Disse mais; disse que seu nome verdadeiro é Xerife.
Pode ser, mas prefiro assim; que fique meio que enigmático, conhecer Negão. Em sendo verdade, no mínimo já presenciou seus irmãos arrastando boi, para o matadouro.
Saio de manhã, seu dono ainda não chegou, chego do serviço, seu dono já foi embora. Agora; mexer com Negão à noite, ah, isso eu não pago pra ver. Se num de meus projetos de mineração, eu tiver que substituir equipamentos por animais, certamente Negão será um britador. Preferencialmente, britador de mandíbulas, de pelo menos uns 200HP, que é o mínimo que pode carregar, naquele seu enorme peito branco. Aí meu amigo, aí não haveria tamanho de mataco que engasgasse na goela do Negão. Se você me perguntar, qual o equipamento que eu reservaria para meu cachorrinho Billy ser, (*) eu diria que poderia ser um cortador de amostras, já na linha de embarque, ou quem sabe até, trabalhar no Laboratório químico, de avental branquinho, como ele só.
Voltando ao Negão, a verdade é que, no trabalho durante as manhãs, tenho precisado de muito tempo, pra esquecer Negão. Isso é preciso porque a vida continua.
É dele, a mais recente amizade, travada aqui na cidade.
E essa amizade, tem ritmado, meus dias atuais.
Agora eu pergunto:
Imponente de manter respeito, ou respeito de manter-se imponente?
(*) ver crônica " O cão poodle Billy Gomes de Sá - Lenga"