Muita gente sabida diz: “experiência é como um carro com os faróis voltados para trás”,ou seja,não serve para coisíssima nenhuma,a não ser para que o experiente assuma um ar doutoral,achando que está salvando o mundo.
Afinal,cada caso é um caso e,nem sempre o pau que bate em Chico bate em Francisco o que mostra que cada um deve viver e experimentar suas próprias sensações e/ou experiências.
Mas,no ramo do livro,eu acho,sim,que a gente pode divulgar situações que viveu e impedir que colegas incautos movidos a sonhos,caiam em arapucas.
Todo artista é mau negociante; aqui,em Salvador,um pintor famoso nunca tratava da comercialização das suas telas;papel que cabia à esposa,um dragão de saias,que fazia valer o trabalho do marido.
Quem começou a carreira como internauta,como eu,sabe que os internautas adoram boca livre.Todos amam e adoram seus textos ou textículos,mas,se forem grátis.Compras,nem pensar!
Eu não me queixo com relação a um livro que vendi pela internet;passei todos e já vou para uma segunda edição.Mas, - pasme ! - minha editora não vendeu um só livro,apesar das mirabolantes promessas que me fez,inclusive de aparecer na TV Globo,no programa de um conhecido cômico.
Aviso aos navegantes da Internet e futuros Machados de Assis:editoras sérias não tomam dinheiro de autores para publicar livros.Esta é uma informação que as Câmaras dos Livros de seus Estados deveriam estar lhes passando e que,muitas vezes não passam porque os autores hesitam em fazer a filiação,para não pagar a taxa anual,aqui em Salvador,mínima ,$70.00 por ano.
Se uma editora contatar você,meu amigo,seja por e-mail ou através da Mesa do Editor,que faz o link entre o autor e o editor,num trabalho sério e quase sempre gratuito,é porque achou seu trabalho interessante e viável.
Então,fique de posse da bola e proponha o seguinte:ela banca toda a edição,incluindo layout e capa (muito caros para você,iniciante,bancar) e repassa para você 20 ou 30% do preço de capa,a cada livro vendido.,mantendo seus direitos autorais,inegociáveis.As editoras preferem fazer cerca de 10 ou 15 exemplares e você ajudará a vender,cara pálida,pois,deve ter pelo menos dez parentes ou amigos endinheirados;ficar deitado eternamente em berço esplêndido esperando que os outros façam força prá você ficar vermelho,não funciona.Trabalhe seu livro!
E,ai,entra uma das vantagens da Câmara;temos,só em Salvador,quatro ou mais livrarias afiliadas que vendem nossos livros.Teremos em breve um Portal só de autores baianos, (ou de outros estados,desde que filiados á CBaL)onde eles podem escrever,divulgar seus livros e até vender anúncios.
Uma outra forma de patrocínio é o mecenato.Michelangelo e Da Vinci,Rubens e Veronese já utilizavam ,sem corar,e,se não fosse assim,talvez nunca os tivéssemos conhecido.
Com seu projeto debaixo do braço e disposto a gastar sola de sapato,que aqui custa barato,como canta o Gil,visite empresários de médio ou grande porte (dependendo do tamanho do seu sonho) e proponha que publiquem seu livro,investimento com retorno garantido pela Lei Rouanet(se for coisa de milhões) ou pelo FazCultura(se milhinhos,resolverem);em ambos os casos,cerca de 60% do investimento será retornado aos cofres do empresário,através do IR das empresas dele.
Um bom negócio! O cara investe pouco,tem sua empresa reconhecida por patrocinar Cultura e você ainda lhe dedica o livro;se ficar famoso e sua obra atravessar os séculos,o nome dele lá está,coladinho ao seu,ad aeternum.Suprema glória!
Portanto,mexa-se,levante -se dessa sua poltrona ou rede e vá á luta.
O Céu, nem a Deusa Cadela como D. H. Lawrence chamava a Literatura ,não ajuda o homem que não age.
OBS:Se quiser conhecer melhor os benefícios da Lei Rouanet e do FazCultura acesse o blog www.contosecausos24x7.blogspot.com
Estão lá,na íntegra.