Os gravetos da vida e as palavras de John Lennon

Quando fazemos referência ao relacionamento conjugal urge salientar que é uma decisão fantástica na vida futura do cidadão ou cidadã em termos de levar a formulação de um destino mais feliz a dois, concomitantemente também à prole que, com certeza, advirá.

Pensar bem antes de decidir é de real importância na auscultação das intenções de cada um no sentido da parceria, da tolerabilidade, da comunhão, da fidelidade e do comprometimento, enfim, viver a dois de maneira mais feliz aproveitando o paraíso a nós presenteado pelo Pai Maior, o Deus Criador. Se deliciar no santuário que é o planeta onde vivemos. A aurora da manhã, o pôr do Sol e, enfim, o dia para o nosso deleite em trabalhos, passeios, estudos, orações, alimentação e a noite para o devido descanso.

Por outro lado, é lamentável que haja grande leva de casais com dificuldade nos relacionamentos. Muitas vezes, um ou outro seja obrigado, como diziam os antigos, a “engolir graveto” para remediar uma vida tempestuosa a dois. Insistindo talvez na continuação de um também relacionamento tempestuoso em favor do apoio à prole. Não sabendo, entretanto, que esta divergência no relacionamento conjugal poderá causar barreiras sentimentais no desenvolvimento desta prole.

“Engolir gravetos”, a grosso modo, seria a pessoa de sentimento mais fragilizado, mais sério, mais aflorado, mais perfeccionista e mais sonhador ter que, no auge de pequenas ou grandes discussões, especialmente familiares, se aflorar ofensas por atos ou palavras, em geral do cônjuge e se der brecha para alguma argumentação ou explicação, fazê-lo, mas já ter na mente o equilíbrio. Saber que não adianta empurrar mais combustível à fogueira. Ir calando e saindo de mansinho do círculo de inflamação, do clima de exaltação em favor de uma paz, de um restabelecimento harmonioso em prol de uma vida quiçá mais próspera e saudável, tendo a felicidade como ícone de vida. A seguir, as palavras de uma música de John Lennon na explicitação do viver a dois:

Fizeram a gente acreditar que o amor, mesmo amor para valer só acontece uma vez, geralmente antes dos trinta anos.

Não contaram para nós que o amor não é acionado, nem chega com hora marcada.

Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.

Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta.

A gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia é só mais agradável.

Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada “dois em um”: duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava.

Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.

Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.

Fizeram a gente acreditar que os bonitos e os magros são mais amados. Que os que transam pouco são caretas. Que os que transam muito não são confiáveis e que sempre haverá um chinelo para um pé torto.

Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.

Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes e que podemos tentar outras alternativas.

Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho.

E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.

Vivemos num mundo onde precisamos nos esconder para fazer amor, enquanto a violência é praticada em plena luz do dia.

John Lennon

Concluindo: O amor é o combustível que faz levar avante nossa vida.

Por José Pedroso

04/04/2010

Josepedroso
Enviado por Josepedroso em 05/04/2010
Reeditado em 05/04/2010
Código do texto: T2178793
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