Terrorismo caboclo
Romeu Prisco
Já deixei claro em vários textos e manifestações de minha autoria, que discordo do tratamento dispensado, mormente pela mídia comprometida, aos nacionalistas palestinos, iraquianos e libaneses, quando são chamados de "terroristas", porque defendem suas pátrias como podem, numa luta que lhes é totalmente desigual.
De qualquer maneira, como o vocábulo "terrorismo" está na moda e para não dizer que, aqui no Brasil, não se pratica o terror, vale lembrar que também temos o nosso "terrorismo caboclo", atuante em várias instâncias e modalidades. Assim, temos o terrorismo público, oficializado e institucionalizado, praticado nos poderes constituídos por boa parte dos ocupantes dos seus cargos, sem distinção hierárquica. Trata-se do "terrorismo Executivo", onde o Presidente ignora as maracutaias dos seus ministros, colaboradores íntimos e integrantes do seu partido.
Trata-se, ainda, do "terrorismo Legislativo", corrompido dos pés à cabeça, que dispensaria maiores comentários, diante das inúmeras e constantes falcatruas, como mensalões, sanguessugas e acordos por baixo da mesa, estes redundando em absurdas absolvições pelo voto secreto do plenário. São os congressistas que já tinham sido condenados por uma Comissão de Ética da mesma instituição e que contam, via de regra, com a "benevolência" do "terrorismo judicante", praticado por certos integrantes do Poder Judiciário.
Também na área pública, se sobressai o "terrorismo previdenciário", praticado pelo INSS, símbolo da vergonha nacional, contra pessoas absolutamente indefesas, carentes e deficientes, de todas as idades, sexo e cor, que são submetidas a inúmeros vexames e humilhações, a qualquer hora do dia ou da noite, sem a mínima garantia de atendimento dos seus pleitos, apesar de terem contribuído, boa parte da vida, para os cofres daquela instituição.
Afinal, diante desse quadro, que ainda poderia ser acrescido de outros incontáveis exemplos, o que significa um terrorismo a mais, ou um terrorismo a menos, como aquele que vem sendo atualmente praticado na esfera da segurança pública pelo PCC ? Ou aqueles praticados pelo MST e pelo MLST ?
Querem saber ? Esses últimos terrorismos só existem, assim como seus "órgãos" praticantes, graças ao "terrorismo político" que tomou conta do Brasil. Raros são os países do mundo que se revelam tão tolerantes, como o Brasil, com movimentos iguais ou semelhantes, inclusive aqueles dos "companheiros" Fidel Castro e Hugo Chávez, terroristas amadores, sem falar naquele do xerife George W. Bush, terrorista profissional.
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