A ÁGUA E O LIVRO SÃO BENS PRECIOSOS
A ÁGUA E O LIVRO SÃO BENS PRECIOSOS
O líquido mais precioso da terra é a água. Nas épocas de estiagem no Nordeste, no Centro-Oeste, até mesmo na Região Sul do Brasil, na Região Amazônica, ela é produto precioso. Os velhos racionamentos são suplícios na ausência parcial, ou total dela. Nas zonas áridas o atendimento é feito às custas de muito sacrifício. Longas caminhadas a pé, com o abastecimento feito em carros pipas. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste, as cisternas são abastecidas, para suportar a arrasadora seca que vem ocasionando espanto geral dos brasileiros. Nesses momentos, vêem as meditações: "Não olvides o treinamento de coragem, perseverança, de coragem e de bom ânimo, dos quais necessitarás nos momentos difícieis da vida”.
“Não reclames, pois devemos mostrar a capacidade que ainda possuímos". Igual ou menor ao grau de mostarda, os pingos d'água são benéficos, pequeninos, mas as gotas reunidas, formam os mares, os rios e as fontes que sustentam a vida na Terra. Um, dois, três, mil, milhões, a bendita gota d'água se transformou em chuva benfeitora. Os rios começam a correr, os açudes a sangrar, as lagoas a encherem e a plantação a verdejar, o povo que estava com sede, agora sorri alegremente, minha gente.
Um ponto crucial, no entanto, acontece! O ser humano com seu poder de destruição pega toda sujeira, jogando ao chão, a correnteza das águas ao tentar ocupar seu espaço, vai encontrá-los obstruídos pela sujeira. A chuva bendita muitas vezes causa também suplício e morte, pois as águas tendem correr para o mar e não podem. Em conseqüência vão alagando ruas, cidades e com uma força avassaladora vai penetrando nas casas com uma fúria total. E, destruindo tudo que encontra pela frente. É a sina humana criada por ele mesmo. "Assim como a água são as palavras. Reunidas pela inteligência humana, formas os livros, os poemas e os documentos que ilustram os povos. Sem elas não teríamos a História da Humanidade".
Porém, os livros podem fazer o mesmo estrago das chuvas, se forem desviados dos seus fins. Passando-os do bem poderoso para o mal alucinador. Esta é a realidade do senso comum do homem, é um destruidor em potencial. Aqueles que afirmam ser ele o produto do meio esquecem que o próprio meio é homem que faz.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-ESTUDANTE DE JORNALISMO DA FGF (FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA –MEMBRO DA ACI).