Parada Gay

Há aproximadamente duas semanas o Vereador Carlos Apolinário vem tentado mover a parada gay da tradicional Av. Paulista em São Paulo para o Campo de Marte, na zona norte da capital.

Carlos é filho de Carlos Alberto Eugenio Apolinario, vem de familia humilde, tem filhos e netos e é evangélico fervoroso desde a infância. Depois de trabalhos menos sérios, fundou sua própria empresa de plásticos e em 1982 entrou na politica como deputado Estadual, cargo na qual foi reeleito mais duas vezes. Em 1994 foi eleito como deputado federal, cargo que ocupou até 2008, quando se tornou vereador.

Ele apresentou na sua carreira diversos projetos, entre eles a Lei Seca, que proíbe a venda de bebidas alcoolicas na beira da estrada, lei que restringe a publicidade de produtos com apelo sexual e a lei do PSIU, mais popularmente conhecida como lei do silêncio.

Atualmente no cargo de Vereador atua pelo DEM, mesmo partido do prefeito da capital Gilberto Kassab.

Agora, quantos de vocês conheciam a tragetória de Apolinário até ler esse texto? Pois para ser reeleito em tantos cargos por tantas vezes, ele deve ser além de extremamente correto, conhecido intimo do público e um excelente político.

Essa não é a primeira vez que ele age contra costumes não-evangélicos, como a bebida, o sexo e o homossexualismo, mas só agora que para manter com suas crenças religiosas, ele está disposto a abdicar um evento comparado apenas a Formula 1 e ao Carnaval em termos de retorno financeiro à cidade de São Paulo, apenas porque no evento passado 30 pessoas (de 3 milhões) ficaram feridas - não necessáriamente por atos violentos.

Nas palavras do político, juntar essa quantidade de gente onde há tantos leitos hospitalares não pode ser boa noticia, e ainda procura defender seu projeto sob o argumento que a Marcha para Jesus, que é mais "pacifica" (para não falar evangelicamente correta) é realizada na zona norte da capital, longe dos leitos e do centro financeiro da capital para não prejudicar o cotidiano da cidade.

Disso podemos assumir que: Deveríamos converter todos da Parada Gay ao Evangelismo? Apolinário vê mais sua religião do que os interesses da capital paulista? Os eleitores são evangélicos (ou desenformados)? Todas as anteriores?