Transformar para Evoluir: Planejamento e Criatividade na Educação

Transformar para Evoluir:

Planejamento e Criatividade na Educação

Reconhecemos a escola com um dos ambientes mais significativos e influentes do desenvolvimento humano, pois por ela se estende um manto originário do seio familiar: a educação. Todo processo educativo, por sua vez, necessita de diversas condições distribuídas correta e alinhadamente para que se alcance o ápice da formação integral que uma pessoa possa atingir. Contudo, somente podemos usufruir de tais elementos se considerarmos a educação como um fenômeno, livre de determinismos imutáveis, disposta a acolher as diferenças e as peculiaridades de cada indivíduo.

Ao longo da história da educação, é possível identificar uma imensa gama de teses, teorias, e métodos relacionados à sua aplicação prática, evolução e avaliação. Refletindo sobre estudos dos grandes educadores e teóricos educacionais da humanidade, encontramos um eixo comum, sempre presente nas discussões em prol da maior eficiência no ato de ensinar: ninguém é igual, todo ser humano tem seu “próprio mundo”. Nesse sentido, para interrelacionar os “mundos”, faz-se evidente a relação entre planejamento e currículo escolar e desempenho/postura do professor. Quando falamos em planejamento escolar, incluímos o conteúdo a ser abordado, os recursos a serem utilizados e a metodologia aplicada em sala de aula – ou fora dela! Preparar uma aula deve ter tamanho afeto e apreço por parte do educador de maneira que o próprio se insira no contexto e trabalhe diretamente com os alunos, coletiva e intimamente. Criar uma atmosfera propícia, utilizar materiais lúdicos e estimular a participação dos educandos sem constrangê-los são caminhos inovadores cuja experimentação pode ser muito proveitosa e, além de transportarem os alunos das páginas de um livro à realidade, sustentam uma didática prazerosa e clara.

Para exemplificar as alegações acima, apresento o enredo do longa-metragem norte-americano “Escola da vida”, sensivelmente ligado à Pedagogia. A morte de um lendário mestre, o mais amado desde a fundação do colégio, deixa uma lacuna no coração dos alunos; no inicio do ano letivo, porém, um jovem e debutante professor chega à instituição disposto a executar métodos opostos à realidade vigente dos professores que já lecionam no local. Sendo responsável pela disciplina História, ele usa de sua notável criatividade, reproduzindo teatral e ludicamente fatos e acontecimentos que, em aulas comuns, jamais sairiam de uma gravura e de um mero texto didático. Com o passar dos dias, seu trabalho cai nas graças do corpo discente, causa ciúmes e cria discordância entre seus colegas, que posteriormente o aceitam, acolhem e imitam.

Observamos assim que a postura do educador no filme acaba por traduzir o desejo ardente de muitos profissionais educacionais da vida real e conclama-os à gigantesca necessidade de transformação e crescimento na educação da atualidade. Analisando os fatores externos e internos, negativos e positivos que compreendem a realidade escolar hoje, conclui-se que mudanças no planejamento, na metodologia e no currículo devem começar a ser feitas, ponderando graus de eficácia para curto prazo e planejamento estruturado para longo prazo.

Unidas, essas pequenas, médias e grandes transformações deverão agir de acordo com as particularidades da comunidade, da classe e do aluno em que e com quem estiver atuando, para que nunca faltem outros grandes estudos e estudiosos empenhados na otimização do fenômeno e processo perpétuo chamado educação.

* Artigo escrito na disciplina "Currículos e Programas" no 3º Semestre do curso de Pedagogia da Universidade Sagrado Coração (USC), em Bauru-SP.

Rafael Otávio Modolo
Enviado por Rafael Otávio Modolo em 22/03/2010
Código do texto: T2153061