A VIA - CRÚCIS DO NOVO ESCRITOR

 

A via - crucis do novo escritor, talvez não seja de igual tamanho quando este sente dor ao parir. É como se o mesmo por muito que fizesse tivesse naquele momento a grata surpresa que seria o pai do seu primeiro filho, tanto é seu nervossismo, tanto é sua angustia, e assim este sente por vários momentos enquanto esta dor não passa.

E assim, também aconteceu comigo, na edição e na publicação do meu primeiro livro, que para minha alegria nasceu sendo um livro de poesias, mas que fora classificado como verso e prosa. Achei naquele momento graça, por ter meu primeiro livro assim registrado. Pra mim, fora como se tivesse passado por um julgamento, pois mesmo diante de tantas coisas que eu dissera, me vi até como se fosse algum suspeito por ter tais ideias de tê-lo intitulado de Escravo da Lua, e por ter para todos explicado o porquê ser aquele que é escravo, coisas que decerto acho que para muitos me fiz entender o porquê, ser amante ou mesmo amigo daquela que se contempla por muito que ela se prenuncia durante toda a noite.

Mas a verdade é que para o novo leitor provavelmente este tenha uma longa caminhada, e não se sinta realizado por ter apenas expresso algum dialogo, e querer ir mais além, mesmo sendo criticado, e quando o mesmo é levado, por algum incentivo, diante daqueles que assim querem que este chegue a suas mãos como se fosse alguma oferenda daquele que assim o escreve e não pense em ganhar algum fruto.

Mesmo que este seja visto como muitos que fora idealizado para contentar seu leitor nas horas de alegria ou tristezas. Então, a via-crúcis do novo escritor por muito não seja aquela tão esperada por aquele que de algum modo o idealizou, mesmo que esta obra seja ou não de grande relevância.  

Contanto que o amigo escritor jamais esvaeça, porque o importante nisto é que mesmo driblando a tudo e a todos assim alcance chegar às mãos de quem o lê produza alguma critica.