O incrível Serginho Cabral.
É incrível como o teatro está no DNA das pessoas, principalmente dos políticos brasileiros, em especial no fluminense. Nas últimas semanas o governo do Rio de Janeiro, protagonizou uma peça teatral com tamanha dramaticidade, com o propósito de suas palavras suscitassem uma comoção popular, que a esta, está faltando de tudo, desde o básico como saneamento, colégio, saúde, política primária de infra estrutura, onde o funcionário público está a exatos quatro anos sem aumento, desde que começou a sua gestão em 2007. Aumento o governo oferece só a algumas categorias.
Não era do conhecimento do eleitor que o governador é dotado de talento para a arte cênica, o Cabral representa como ninguém a arte dramática, é um dramaturgo por excelência. Se fizermos um comparativo com os grandes nomes da dramaturgia brasileira, com certeza o Sérgio vai levar o de superioridade. Ele é dramático, impressiona na sua interpretação, chega a prantear com certa facilidade, mas é um tímido no ato de lacrimejar.
O Serginho iria longe se optasse pela arte de representar, quem sabe, que teríamos o nosso Shakespeare ou Molière? pseudônimos não faltariam, mas ele com certeza escreveria seu nome com tinta de ouro na página do teatro brasileiro. O Chefe do Executivo estadual discursou coisas que deixou muitos eleitores aterrorizados, como por exemplo: que o Estado não tem condições de prover os custos da Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Isso é grave, gravíssimo. E disse mais; o estado vai quebrar e quem vai pagar o pato serão os aposentados. Ora, os inativos já pagaram a conta há muito tempo.
Segundo ele, a saúde também será lesada. Mas...o Rio não tem programa público de saúde, os hospitais da rede estadual inexistem, como que a saúde vai acabar? Uma coisa não acaba se ela não existe. Outra coisa: E se o Estado não tivesse os Royalties? Como é que ele iria se comprometer com a FIFA e com o COI para a realização dos eventos esportivos? Não iria ter jogos? Estranho essa revelação do governador, muito surpreendente, parece que ele sonegou essa realidade, algo que talvez não pudesse tornar público, em face de tantas superioridades que discursou e num momento terminante, no auge da emoção, proferiu toda uma veracidade que até então estava sob véu de incógnita.
Muito imaturo o nosso governador, é um homem propenso a emoções, prova que não está preparado para as intempéries do mundo político que a todo momento coagi os mais dos versados homens públicos que imperam nas tribunas legislativas. O comportamento do Sérgio Cabral poe em xeque toda uma doutrina de austeridade, de frieza, de indiferença as grandes procelas que a vida pública nos instrui como conhecimento. O nosso governador tem muito a aprender e muito a caminhar.
A maior prova foi o modo que encontrou para protestar sobre a subtração dos Royalties ao Estado. Pronunciou sinônimo desqualificativo para expressar a sua revolta contra um parlamentar, assim como ele, eleito pelo povo. O seu comportamento não justifica em nada os acontecimentos. Hoje, no Rio, a região central da Cidade, onde está localizada o centro financeiro da 2ª maior cidade do país, o seu grande comercio estão fechados. Há muito policiamento nas ruas e avenidas, coisa nunca vista antes.
O Rio é uma cidade violenta por natureza, ter o seu contingente de policiais direcionados para um só ponto, por conta de uma passeata promovida pelo governador é muita falta de responsabilidade, deixar grande parte da população desprotegida. Isso sem falar nos prejuízos dos comerciantes e dos bancos, pois o excelentíssimo governador deu ponto facultativo na parte da tarde em todo o Rio de Janeiro. É bom que nos saibamos que a ingenuidade do Cabral em nada mudará a posição dos congressistas. O Rio de Janeiro, como qualquer estado da federação tem uma receita, que é os cidadões pagando os seus impostos para receberem em troca os benefícios que lhes são de direito.
É nesse orçamento que o Sérgio e sua equipe econômica e financeira tem que trabalhar, se “virar”, os Royalties é coisas extras. O Serginho Cabral vai ter que explicar e muito se o Congresso Nacional aprovar e projeto do Deputado Ibsen Pinheiro que tira 5 bi do Rio, pois o Estado, como ele disse, não pode e não deve falir, pois somos a segunda economia do país.
A população fluminense, essa não tem nada, está com os seus serviços públicos fragmentados muito antes de ele vir a ser governador e com ele reinando no Palácio Laranjeiras, não piorou nem melhorou, continua tudo como esteve antes, no Reino de Abrantes, perdão! Reino de Cabral.