Assédio moral - um caso específico
"O assédio moral e suas variáveis, o assédio profissional e o assédio sexual, chega a ser até mais complicado do que atender casos complexos de pessoas com problemas mentais e, às vezes, até egressos do manicômio judiciário.
Difícil de provar, o assédio moral nem sempre é bem caracterizado pela própria vítima. Apesar da ofensa, a pessoa vitimada teme represálias, escândalos, desconfiança de seus pares sobre a veracidade da acusação, enfim, entra-se numa zona nebulosa, ou melhor, num pântano sobre não se sabe quais as conseqüências a que se chegará. Há que se ter cuidado para evitar constranger a pessoa agredida, que às vezes, acaba sendo levada a acreditar que é a sua reputação e não a do agressor que ficará manchada.
O fato é que as vítimas, além da ansiedade, da angústia e de buscar o isolamento pelo medo, com o passar do tempo, começam a sofrer de insônia, têm pesadelos e, o que é pior, passam a apresentar sinais de gastrites, hipertensão arterial, estresse, cefaléias, falta de apetite ou passam a comer mais que o normal. Como se vê, esses sintomas desestruturam a pessoa, emocional e fisicamente, reduzindo sua produtividade e levando ao absenteísmo devido aos danos psicológicos que envolve. Há casos em que podemos até caracterizar como tortura mental ou "psicoterror", termo criado pelo pesquisador sueco Heinz Leimann."
Ricardo Lacerda
Especialista em Ouvidoria & Ombudsman
fonte: Google
O assediante moral, muitas vezes, nem mesmo tem consciência de que o é. Como nos casos de ciúme patológico, exacerbado, ditado pela extrema insegurança do ciumento, que se torna possessivo, controlador e dominador.
Então passa a infernizar a vida de seu parceiro, tomando a sua fantasia paranóica como realidade e, a partir disto, se julga em pleno direito de acusar, ofender e insultar continuamente, não apenas o parceiro, mas às pessoas que por acaso se passam por rivais na sua imaginação doentiamente fértil.
O pior tipo de ciumento patológico é aquele que jamais demonstra isto em público. Fala com o parceiro num tom de voz baixo, mas inequivocamente autoritário, incisivo e acusatório. Entre as demais pessoas, performa uma normalidade e equilíbrio que, na verdade, não possui. Isso faz com que a sua vítima fique desacreditada perante os outros, caso resolva se desabafar.
E mais: com muita frequência o ciumento e assediante moral costuma inverter a situação, fazendo longos discursos em que afirma e reafirma a sua virtude, razão e equilíbrio, e ainda lamenta as ofensas e insultos que recebe daquela pessoa torpe, desleal e traidora, fria e egoísta, fantasiosa e dada a veleidades, que tanto o maltrata: a sua vítima... que, então, passa a ser apresentada como a vilã.
E mais ainda: é comum que este tipo de assediante moral se infiltre em círculos frequentados por sua vítima, sejam associações, clubes, sites de relacionamento ou de qualquer outra atividade e finalidade, de modo a perpetuar o assédio moral sobre a sua vítima. E o faz de tal maneira, que ninguém mais o percebe, apenas a sua vítima.
Por haver uma pessoa bastante próxima a mim que tem vivido este infortúnio, achei por bem publicar este alerta, caso haja outras pessoas em situação semelhante.
Primeiro, procure tentar fazer o assediante se conscientizar de que precisa fazer algum tipo de terapia. Se for possível, procure apoio em familiares ou amigos do assediante para esta tarefa.
Caso isso não surta efeito, afaste-se desta pessoa e corte todos os vínculos, pelo bem de sua sanidade física, mental e espiritual.
Por fim, caso o afastamento não seja suficiente e o assediante continue insistindo, busque auxílio na lei. Ele será obrigado a manter uma distância pré-estabelecida do assediado e não poderá nem mesmo se dirigir a ele de nenhuma forma ou meio, sob pena de sofrer as sanções legais previstas pro caso.
E boa sorte!
Você vai precisar...