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Castro Alves (Ao aniversário do poeta)
“Era um domingo, 14 de março de 1847...”
Hoje domingo, 14 de março de 2010.
Há exatos 163 anos nascia o menino que mais tarde se tornaria “o poeta dos escravos”!
“A praça! A praça é do povo/Como o céu é do condor!” A poesia de Castro Alves é um testamento vivo da força contida nas palavras!... Era munido desta “arma” que aquele jovem poeta partia ao campo de batalha... Era uma verdadeira guerra entre os pro e os contra o sistema escravocrata no país.
Ah, poeta apaixonado pela liberdade!... De coração humanamente humano... “O coração é o colibri dourado/ Das veigas puras do jardim do céu.” Quando estendia os versos nos ares os pássaros em arribação aos mares levavam seu grito de liberdade!... “Cai, orvalho do sangue do escravo/ Cai, orvalho na face do algoz/ Cresce, cresce, seara vermelha,/ Cresce, cresce, vingança feroz.”
E nesse clima de guerra ensaiada encontrava o poeta repouso amoroso no seio de sua Musa. Em seus lábios bebia os beijos mais ternos e embriagavam-se deles... “No seio da mulher há tanto aroma.../ Nos seus beijos de fogo há tanta vida...”
“É noite! Treme a lâmpada medrosa/ Velando a longa noite do poeta.../ Além, sob as cortinas transparentes/ Ela dorme... formosa Julieta!”
Suas noites eram dedicadas na maior delas as longas reuniões abolicionistas... Não que queria deixar sua Musa na espera ansiosa, mas que o ideal de liberdade tinha pressa... “Eram onze negros, Eugênia. Para nós foram algumas horas roubadas ao nosso amor.””... Ouve, vou te dizer um segredo: conheço certa mágica...””És feiticeiro?” Se fecharmos as janelas, prolongaremos a noite. E não te disse que a noite foi feita para o amor...” (Jorge Amado, O Amor do Soldado) Assim é que o amor era conjugado!... “... E amamos juntos... E depois na sala”
Ao pesar do abandono de sua Musa, por ciúmes ridículos do seu ideal, o poeta marcha em direção ao seu sonho de liberdade dos escravos... “Nini formosa! Por que assim fugiste?/ Embalde o tempo a tua espera conto./ Não vês, não vês?... Meu coração é triste/ Como um calouro quando leva ponto.”
No desprezo da Musa resta ao poeta senão cantar seus versos mais melancólicos enquanto embrenhado intensamente ao seu grande ideal... “Hoje o poeta – caminheiro errante,/ Que tem saudade de um país melhor/ Pede uma pérola – à maré montante,/ Do seio às vagas – pede – um outro amor.”
Veio outros amores, outras Musas afagar seu peito, despertar o gênio da poesia de amor... A uma delas escreveu o poeta: “Não sabes, criança? Estou louco de amores.../ Prendi meus afetos, formosa Pepita./ Mas onde? No tempo, no espaço, nas névoas?!/ Não rias, prendi-me/ Num laço de fita.”
O tempo ingrato? Não... “Os astros saltam como espumas de ouro!...” Foi assim o “poeta dos escravos”: um pequeno astro que saltou aos céus do Brasil e deixou seu eco as posteridades!... Veio de outra estrela, assim como O Peque Príncipe de Saint Exupéry... Aos vinte e quatro anos, no dia 6 de julho de 1871, morre o poeta “olhando para o infinito azul...”
“... Meus amigos! Notai... Bem como um pássaro
O coração do morto volta ao ninho!...”
Castro Alves (Ao aniversário do poeta)
“Era um domingo, 14 de março de 1847...”
Hoje domingo, 14 de março de 2010.
Há exatos 163 anos nascia o menino que mais tarde se tornaria “o poeta dos escravos”!
“A praça! A praça é do povo/Como o céu é do condor!” A poesia de Castro Alves é um testamento vivo da força contida nas palavras!... Era munido desta “arma” que aquele jovem poeta partia ao campo de batalha... Era uma verdadeira guerra entre os pro e os contra o sistema escravocrata no país.
Ah, poeta apaixonado pela liberdade!... De coração humanamente humano... “O coração é o colibri dourado/ Das veigas puras do jardim do céu.” Quando estendia os versos nos ares os pássaros em arribação aos mares levavam seu grito de liberdade!... “Cai, orvalho do sangue do escravo/ Cai, orvalho na face do algoz/ Cresce, cresce, seara vermelha,/ Cresce, cresce, vingança feroz.”
E nesse clima de guerra ensaiada encontrava o poeta repouso amoroso no seio de sua Musa. Em seus lábios bebia os beijos mais ternos e embriagavam-se deles... “No seio da mulher há tanto aroma.../ Nos seus beijos de fogo há tanta vida...”
“É noite! Treme a lâmpada medrosa/ Velando a longa noite do poeta.../ Além, sob as cortinas transparentes/ Ela dorme... formosa Julieta!”
Suas noites eram dedicadas na maior delas as longas reuniões abolicionistas... Não que queria deixar sua Musa na espera ansiosa, mas que o ideal de liberdade tinha pressa... “Eram onze negros, Eugênia. Para nós foram algumas horas roubadas ao nosso amor.””... Ouve, vou te dizer um segredo: conheço certa mágica...””És feiticeiro?” Se fecharmos as janelas, prolongaremos a noite. E não te disse que a noite foi feita para o amor...” (Jorge Amado, O Amor do Soldado) Assim é que o amor era conjugado!... “... E amamos juntos... E depois na sala”
Ao pesar do abandono de sua Musa, por ciúmes ridículos do seu ideal, o poeta marcha em direção ao seu sonho de liberdade dos escravos... “Nini formosa! Por que assim fugiste?/ Embalde o tempo a tua espera conto./ Não vês, não vês?... Meu coração é triste/ Como um calouro quando leva ponto.”
No desprezo da Musa resta ao poeta senão cantar seus versos mais melancólicos enquanto embrenhado intensamente ao seu grande ideal... “Hoje o poeta – caminheiro errante,/ Que tem saudade de um país melhor/ Pede uma pérola – à maré montante,/ Do seio às vagas – pede – um outro amor.”
Veio outros amores, outras Musas afagar seu peito, despertar o gênio da poesia de amor... A uma delas escreveu o poeta: “Não sabes, criança? Estou louco de amores.../ Prendi meus afetos, formosa Pepita./ Mas onde? No tempo, no espaço, nas névoas?!/ Não rias, prendi-me/ Num laço de fita.”
O tempo ingrato? Não... “Os astros saltam como espumas de ouro!...” Foi assim o “poeta dos escravos”: um pequeno astro que saltou aos céus do Brasil e deixou seu eco as posteridades!... Veio de outra estrela, assim como O Peque Príncipe de Saint Exupéry... Aos vinte e quatro anos, no dia 6 de julho de 1871, morre o poeta “olhando para o infinito azul...”
“... Meus amigos! Notai... Bem como um pássaro
O coração do morto volta ao ninho!...”