Excessos X preconceitos
Muitos artistas, como quaisquer pessoas, passam por situações desagradáveis em sua vida pessoal. Alguns se mantêm firmes e não se deixam abater. Porém, há outros que se perdem no meio do caminho e se refugiam nos excessos ou até mesmo no isolamento.
O artista geralmente é injustiçado por um preconceito da nossa sociedade que generaliza a classe artística como se fossem todos um bando de malucos, drogados ou parasitas, o que não é verdade. Quem trabalha com arte sabe quanto é difícil se manter entre inspirações e sobrevivência.
A questão é que, por trás desse preconceito, o artista sempre incomodou a sociedade, seja nos tempos de ditadura, seja nos dias de hoje. É mais fácil julgar o artista como se fosse um vilão ou maluco do que aproveitar o que ele pode fazer de melhor para nossa sociedade, enquanto artista e ser humano.
O artista faz parte do povo e se posiciona, muitas vezes, como porta voz das manifestações culturais pelo poder de expressão artística e de valores de interesse público. Talvez por isso, as pessoas tentam justificar de forma cruel - ou até mesmo amenizadora - um quadro triste de alguns artistas, dependendo dos interesses (geralmente por parte da mídia) ou da identificação para com o mesmo por parte do público.