DAS ELEIÇÕES NO TOCANTINS...
Ater-me-ei apenas ao campo majoritário (governador e vice). Imagino como anda a cabeça do cidadão crítico, inteligente, conhecedor do verdadeiro sentido da Política. De minha parte, eis a tese: anula-se o voto ou escolhemos os menos piores.
Se nosso anelo for encontrar candidatos despoluídos dessa artezinha matreira da politicalharia, não há saída: anulemos o voto.
O fenômeno a que me refiro acima (politicalharia) não se caracteriza apenas pela roubalheira, é, no fundo, algo marcado por qualquer ato (ativo ou passivo) que foge ao “estar bem” de um povo, de uma sociedade, de uma comunidade.
Politicalheiro, dentre outras coisas, é o sujeito perito no encapotamento de seus interesses, é o despreparado, em todos os sentidos, é o aventureiro rasteiro, é aquele que apela para o passado, maquiavelicamente, escondendo os podres, as tramóias, é aquele que se lança a um futuro cujas bases são areia, ventos e ruídos, é o canalha instruído. O politicalheiro, às vezes, é até bem intencionado, mas, posto ser limitado, fatalmente cairá nas engrenagens do sistema corrupto e corruptor.
O balaio nosso de candidatos, na média, apresenta uma só escola, quase todos foram forjados na academia do baixo clero político. Alguns desgastados, outros por ambição, outros por... (você sabe) trataram de se arrumar numa legenda e vamos que vamos.
Além das qualidades morais (isso mesmo), além da competência intelectual, além da sabedoria, além da própria história, um candidato à altura de nosso povo, antenado com os grandes desafios destes tempos, irrefragavelmente, há de mostrar uma nova concepção de Estado. Acima de tudo, terá de nos provar um novo entendimento deste Estado como instrumento de políticas sociais. Não podemos mais aceitar essa nefasta ausência de perspectivas maquiada, é óbvio, por truques retóricos ou por “programecos” de quinta categoria. Enfim, esperamos planos de metas definidos, deveras consistentes, exeqüíveis, que os compromissos sejam, de fato, sérios, factíveis, éticos e inteligentes. Tudo, sem dúvida, respeitando nossas peculiaridades e os variados segmentos de nossa sociedade.
À luz do que pondero, se formos ultra-radicais, anularemos nossos votos. Todavia, a fim de mantermos o regime democrático respirando, é mister escolhermos os menos piores. Que Deus, portanto, nos ajude nessa árdua e complexa missão.