BOLSA-FAMÍLIA: ATO PIEDOSO, HUMANITÁRIO?
 
Somos humanos. Raça humana e parte da natureza. Como tal, estamos sujeitos às leis da natureza. Lutamos pela sobrevivência e perpetuação da espécie. Natural, naturalíssimo. Inimaginável, impensável deixarmos um de nossa raça morrer de fome, inanição, ato desumano. Corte rápido. No Brasil, no nosso Brasil, a raça humana ainda se divide em: abaixo da linha de pobreza, na linha de pobreza, assalariados, classe média e burguesia (elite dominante). A raça humana dividida em classes sociais resultado de uma ideologia, a ideologia capitalista que, como ideologia para manter-se precisa, necessita, sob pena de desaparecer como ideologia, da desigualdade social. Precisa de pessoas que se sujeitem a ser assalariadas para garantir a sobrevivência e perpetuação da espécie, produzir mais assalariados. Corte rápido. Em 1997, o governo brasileiro (Fernando Henrique Cardoso) estabeleceu o Programa Comunidade Solidária com os seguintes objetivos: reduzir a desigualdade social, erradicar a pobreza de nosso país. Em 2003, eleito presidente da República brasileira, Luiz Inácio Lula da Silva dando continuidade ao ideário de seu antecessor compromete-se a acabar com a fome no Brasil e lança o Fome Zero, conhecido popularmente como Bolsa-Família, agora com novos objetivos: combater a fome, erradicar a pobreza, criar possibilidades de emancipação e desenvolvimento local dos territórios. Corte rápido. É comum ouvir-se pelos meios de comunicação a frase inclusão social. “Precisamos de medidas fortes que promovam a inclusão social”, “é lento o processo de inclusão social no Brasil” e tititi, tátátá, plá, plá, plá, blá, blá, blá... Corte rápido. Constituição Federal/88 - Dos Direitos Sociais - Artigo Sétimo, inciso IV: salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e as de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua aquisição para qualquer fim. Corte rápido. Valor atual do salário mínimo: R$ 510,00. Prover todas as necessidades básicas elencadas constitucionalmente com 510 Reais, fala sério. Dedução lógica: o assalariado brasileiro, eu, tu, ele, nós, vós, eles, somos indigentes. Ei, ei, estamos aqui, queremos ser incluídos socialmente. Corte rápido. Não irei cansá-los. Prometo voltar. Estou ainda preambulando...  
Joseoli
Enviado por Joseoli em 12/03/2010
Reeditado em 12/03/2010
Código do texto: T2134389
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