Educação: Importante ou prioritária?
Um povo que vive no meio do tráfico, dos tiroteios, da polícia bandida, dos seqüestros relâmpagos, da violência doméstica, do aliciamento de meninos e meninas para a prostituição, enfim, da depredação humana. Somos o povo que invade terras, o povo das mil e uma faces, que chora, sorri, grita, critica, reivindica, banaliza, implora, que se emociona, sacode a poeira e dá a volta por cima para cairmos no mesmo lugar. Somos o povo que fica horas no trabalho para garantir o pão de cada dia para dez filhos, oito netos e cinco bisnetos e que paga uma dívida externa sem mesmo saber até quando e porquê.
Somos um povo sofrido, que não agüenta mais tanta desvalorização, tanta humilhação e tanto desigualdade social. Um povo que educa seus filhos para morrerem por um "deus" de malefícios, de ódio, de rancor e de luta pelo poder. Somos um povo sem educação, literalmente sem educação. Um povo que privilegia o ensino de gramatiquices e termos sem importância para o desenvolvimento sócio-econômico-cultural do indivíduo.
Um povo que julga importante o ensino de sujeitos, predicados, orações subordinadas, adjetivos, orações coordenadas, advérbios, complementos... que educa seus alunos para dominarem computadores e máquinas de última geração, mas que não os educa para serem verdadeiramente humanos. Educam os alunos para assumirem papéis importantíssimos perante a sociedade, mas que tem alma pequena diante de fatos tão mais importantes, como a valorização do ser humano pelo que és e não pelo que tens. Educar as nossas crianças, os nossos jovens para uma educação mais humana, para um verdadeiro construtivismo, para uma educação importante e prioritária na reconstrução do indivíduo em todos os aspectos, é imprescindível para que ocorra o engrandecimento do indivíduo enquanto ser humano, enquanto ser social, enquanto SER.
Pode parecer utopia refletir a educação enquanto questão humana, em toda sua importância para a reconstrução do ser e de sua prioridade nas relações humanas, e realmente é uma utopia, pois educadores, professores, a escola como instituição social e a sociedade estão de braços cruzados refletindo sobre uma prática inexistente, que é muito linda no papel, na teoria, mas que ainda não foi colocada realmente em prática e que nos deixa desmotivados de lutar por algo que realmente acreditamos. Paulo Freire nos diz que: "Me movo como educador, porque primeiro me movo como gente", estudamos, refletimos, desenvolvemos teses sobre uma Educação importante e prioritária para o indivíduo, mas o que estamos fazendo na prática para que nossas reflexões, estudos e teses saiam do papel e tomem o formato que devem tomar, o da realidade? É inegável que vivemos num mundo utópico a partir de momento que lutamos por uma paz mundial, por uma igualdade de direitos, por seres humanos mais interiorizados, por gente se relacionando com gente. Promover situações em que os jovens possam refletir sobre a nossa educação já é um grande passo dado, pois teremos a oportunidade de ouvir um dos mais importantes atores deste palco, os verdadeiros protagonistas do processo educacional, dos que realmente sabem da importância e prioridade que a educação tem na vida de um ser humano.
Agir é preciso e já é hora de tomarmos posicionamento, de assumirmos nosso papel. Educadores, o que estarão fazendo? Até quando? E porquê?
Somos um povo privilegiado porque, apesar de tudo isso, somos o povo que se alegra ao ver a banda passar, ao ouvir o soar dos tamborins, o gingado das passistas e das mulatas, que dá risadas da própria desgraça, que sobrevive a base de arte, de culturas e de futebol. O povo que tem Drummond, Vinicius, Pixinguinha, Bibi Ferreira, Emilinha Borba... Um país sem educação gramatical, sem educação de valores e princípios, mas que ao mesmo tempo se alegra com coisas simples como uma partida de futebol da seleção brasileira, e que se entristece ao ver nosso "hexa" escorregando por nossos pés. Um povo cheio de graça! Até quando?
Um povo que vive no meio do tráfico, dos tiroteios, da polícia bandida, dos seqüestros relâmpagos, da violência doméstica, do aliciamento de meninos e meninas para a prostituição, enfim, da depredação humana. Somos o povo que invade terras, o povo das mil e uma faces, que chora, sorri, grita, critica, reivindica, banaliza, implora, que se emociona, sacode a poeira e dá a volta por cima para cairmos no mesmo lugar. Somos o povo que fica horas no trabalho para garantir o pão de cada dia para dez filhos, oito netos e cinco bisnetos e que paga uma dívida externa sem mesmo saber até quando e porquê.
Somos um povo sofrido, que não agüenta mais tanta desvalorização, tanta humilhação e tanto desigualdade social. Um povo que educa seus filhos para morrerem por um "deus" de malefícios, de ódio, de rancor e de luta pelo poder. Somos um povo sem educação, literalmente sem educação. Um povo que privilegia o ensino de gramatiquices e termos sem importância para o desenvolvimento sócio-econômico-cultural do indivíduo.
Um povo que julga importante o ensino de sujeitos, predicados, orações subordinadas, adjetivos, orações coordenadas, advérbios, complementos... que educa seus alunos para dominarem computadores e máquinas de última geração, mas que não os educa para serem verdadeiramente humanos. Educam os alunos para assumirem papéis importantíssimos perante a sociedade, mas que tem alma pequena diante de fatos tão mais importantes, como a valorização do ser humano pelo que és e não pelo que tens. Educar as nossas crianças, os nossos jovens para uma educação mais humana, para um verdadeiro construtivismo, para uma educação importante e prioritária na reconstrução do indivíduo em todos os aspectos, é imprescindível para que ocorra o engrandecimento do indivíduo enquanto ser humano, enquanto ser social, enquanto SER.
Pode parecer utopia refletir a educação enquanto questão humana, em toda sua importância para a reconstrução do ser e de sua prioridade nas relações humanas, e realmente é uma utopia, pois educadores, professores, a escola como instituição social e a sociedade estão de braços cruzados refletindo sobre uma prática inexistente, que é muito linda no papel, na teoria, mas que ainda não foi colocada realmente em prática e que nos deixa desmotivados de lutar por algo que realmente acreditamos. Paulo Freire nos diz que: "Me movo como educador, porque primeiro me movo como gente", estudamos, refletimos, desenvolvemos teses sobre uma Educação importante e prioritária para o indivíduo, mas o que estamos fazendo na prática para que nossas reflexões, estudos e teses saiam do papel e tomem o formato que devem tomar, o da realidade? É inegável que vivemos num mundo utópico a partir de momento que lutamos por uma paz mundial, por uma igualdade de direitos, por seres humanos mais interiorizados, por gente se relacionando com gente. Promover situações em que os jovens possam refletir sobre a nossa educação já é um grande passo dado, pois teremos a oportunidade de ouvir um dos mais importantes atores deste palco, os verdadeiros protagonistas do processo educacional, dos que realmente sabem da importância e prioridade que a educação tem na vida de um ser humano.
Agir é preciso e já é hora de tomarmos posicionamento, de assumirmos nosso papel. Educadores, o que estarão fazendo? Até quando? E porquê?
Somos um povo privilegiado porque, apesar de tudo isso, somos o povo que se alegra ao ver a banda passar, ao ouvir o soar dos tamborins, o gingado das passistas e das mulatas, que dá risadas da própria desgraça, que sobrevive a base de arte, de culturas e de futebol. O povo que tem Drummond, Vinicius, Pixinguinha, Bibi Ferreira, Emilinha Borba... Um país sem educação gramatical, sem educação de valores e princípios, mas que ao mesmo tempo se alegra com coisas simples como uma partida de futebol da seleção brasileira, e que se entristece ao ver nosso "hexa" escorregando por nossos pés. Um povo cheio de graça! Até quando?