Processo cruel de julgamento no Rio de Janeiro
Não é novidades para ninguém que os desfiles das Escolas de Samba do Rio de Janeiro é um campeonato acirradíssimo, onde existe toda uma super estrutura montada, um planejamento profissional, um mega evento de proporções bilionária que envolve inúmeras pessoas qualificadas e tudo isso se faz necessário para que essa contemplação possa mostrar a cada ano, novidades e assim ratificar com galhardia e justiça o maior espetáculo da planeta.
Há anos, quando ainda não existia a Liesa, Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, mas sim, a RioTur, empresa da Secretaria de Turismo, órgão estadual do então Estado da Guanabara, que organizava a festa de Momo, já naquela época,os julgamentos dos quesitos das agremiações sempre foram polêmicos. Nunca se chegou a um denominador comum de como a melhor maneira de julgar os ditos quesitos. Escolas, críticos, população, sempre conflitaram das fórmulas apresentadas para justificar as análises dos conjuntos das Escolas, nem sempre coerentes com a realidade apresentada.
O folhetim continua até os dias de hoje, quando as Escolas de Samba são Sociedades Anônimas, umas verdadeiras empresas de fazer ilusão. O Estado e a cúpula que organiza a festa foram incapazes de encontrar ao longo desses anos uma fórmula perfeita que pudesse agradar a gregos e troianos.
Passadas décadas e continua-se vendo discrepâncias, inépcia daquilo que nos encanta com aquilo que é analisado, passa-nos a sensação que o corpo de julgadores são inábeis para a função, apesar de assistirem aulas específicas para desempenhar o cargo. Por outra ótica poderíamos ou podemos imaginar que por debaixo dos panos as cartas são marcadas ou então, nós somos muito errados e o grupo que decide o destino da festa maior está muito certo.
Com mais de vinte anos de existência, com muita luta, muita representatividade junto as agremiações, a Liesa, entidade máxima que congrega as Escolas de samba do Grupo especial do Rio de Janeiro, deve com urgência colocar ponto final a este sistema cruel de decisão do Carnaval carioca.
Em pleno século XXI, na era da informática, chegou o momento de pensar em uma nova solução para esse problema crônico que põe em xeque a credibilidade da Liga. Tem que se criar mecanismos novos de análise dos quesitos ou acabar de vez com esse processo, ou seja, todas passarão ser hors concour.
É evidente que se a Liesa tivesse uma solução melhor, já estaria posta em operação, mas isso não a exime de fazer um estudo desde já, para o futuro próximo ter-mos a extinção de um processo caduco, retrógrado, atrasado que foi a arena de inúmeras injustiças e que hoje não tem mais motivo de existir.