CADEIRA DE MORAL (HONESTIDADE)

Cadeira de (Moral) Honestidade

A corrupção está a atingir, hoje, elevados níveis de preocupação na sociedade e a pôr em perigo a estabilidade económica, social e até familiar de muitos cidadãos, que inocentes, são vítimas da ganância de outros, que não têm quaisquer escrúpulos em destruir a vida alheia em seu próprio benefício.

Todos nos apercebemos dos inúmeros casos de corrupção, que, ou são arquivados, ou são indefinidamente adiados até que prescrevam o que debilita a Justiça, o poder instituído, logo todo o sistema, porque os crimes acontecem e raramente se julgam os culpados, principalmente se são, ou se julgam, superiores aos outros, quando a lei diz que é igual para todos e todos respondem perante a lei.

As leis existentes, em lugar de proteger as vítimas, protegem os criminosos, que impunemente, continuam na senda do crime, seja ele de que espécie for.

Está generalizado um sentimento de liberdade em que cada um pode fazer ao outro aquilo que bem entender, sem ter em conta o direito e a liberdade desse outro, e sem que o legislador se preocupe minimamente com isso.

Há a necessidade de criar nos estabelecimentos de ensino, e logo desde o principio da escola até ao fim de qualquer licenciatura, uma disciplina de honestidade, obrigatória, para que os cidadãos não aprendam apenas as artes ou ciências até hoje ministradas, mas aprendam sobretudo a conviver e a comportar-se de forma digna numa sociedade que se quer mais humana e socialmente mais justa, porque ensinar, também deve ser educar.

O saber acumulado e a cultura adquirida não são hoje sinónimos de educação, pode ser-se licenciado ou doutorado, logo, ter cultura geral, mas não ter educação, um valor essencial para o desenvolvimento equilibrado de qualquer sociedade.

A par dessa “Cadeira de Honestidade” por que não criar uma Ordem perante a qual todos respondessem caso não fossem deontologicamente correctos?

Ainda a propósito de honestidade, que honestidade tem quem legisla em seu favor, atribuindo-se, a si próprios e aos seus colegas de ofício, imunidades que jamais deveriam ter existido e não têm razão de ser, entrados que estamos no século XXI.

Numa época em que de pouco mais de meia dúzia de licenciaturas existentes, se passou para largas dezenas, desmultiplicando-se, por vezes, uma em mais de dez, não era mais uma, e das mais relevantes, que colocaria em causa o orçamento do Estado.

Alberto Carvalheiras
Enviado por Alberto Carvalheiras em 26/02/2010
Código do texto: T2109168
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