Olho na telinha...
A cultura acompanha a voz do povo, que se reflete no sentimento expressado pela arte. Na televisão, principalmente nas “grandes emissoras”, o que vemos não é exatamente a voz desse povo, mas na maioria dos casos, valores impostos da elite para a massa, ou seja, uma cultura de entretenimento imbecilizante, oriunda da filosofia do escape e, de outro lado, da dominação, como uma droga social.
Na TV, um fator predominante nesse tipo de propagação de valores é uso de imagens marcantes e violentas, misturadas ora ou outra com um toque de um erotismo utópico, muitas vezes cruelmente sarcástico em sua associação. Podemos ver estes elementos em qualquer programa de auditório, em que pessoas correm e se machucam para pegar notas de dinheiro jogadas aleatoriamente por um apresentador de TV. Tudo tratado com muita hipocrisia e aceitação.
É antiga a tradição de uma TV padronizada para hipnotizar e explorar a curiosidade do povo, que é vendida em troca do escape e da relação “emburrecimento – apatia”, propagando valores de forma parcial, inconcreta e, muitas vezes, difundindo falsos valores e modas passageiras, que não representam fielmente a voz desse povo, apenas domado por uma casca bem produzida, mas que raramente gera algum benefício para a massa em geral.