OS ÚLTIMOS SAMURAIS

OS ÚLTIMOS SAMURAIS

FlavioMPinto

No Japão pré-moderno, existia uma classe diferente. Todos confiavam nela e a ela recorriam quando algo não ia bem.

Era integrada por homens íntegros e guerreiros. Respeitados em todas as instâncias. Conhecidos como Saburais, mais tarde, o vocábulo eternizou-se como Samurai.

Com a Restauração Meiji, a partir de 1868, a classe samurai foi abolida por decreto e estabeleceu-se um exército nacional ao estilo ocidental. Diante dessas reformas, os samurais não deixaram morrer sua tradição.

As artes com a espada, criadas na época, continuaram cultuadas e passadas de geração em geração até os dias atuais. E o Bushido- o código de conduta samurai- sobreviveu em sua forma mais pura dentro dos dojos de Kobudo.

Samurai significa "aquele que serve", herança de quando eram subordinados diretamente ao imperador. Outro termo muito usado para se referir aos samurais é Bushi, que significa literalmente "guerreiro". É a raiz da palavra Bushido, ou "Caminho do Guerreiro".

O Bushido surgiu e se consolidou juntamente com a história dos samurais, durante os períodos Heian a Tokugawa. As virtudes do Bushido- Justiça (GI), Coragem (Yuu), Benevolência (Jin), Educação (Rei), Sinceridade (Makoto), Honra (Meiyo) e Lealdade (Chuugi)- tiveram sua origem em três correntes principais, o Budismo, o Xintoísmo e o Confucionismo

Guardadas as devidas proporções no tempo e espaço, no Brasil atualmente, estamos vivenciando a tentativa de destroçar por decreto, substituindo-as por outras forças fortemente armadas e ideologizadas, aquele grupo brasileiro que mantém princípios e valores ativos em contraposição ao descalabro moral que vive a nação: suas Forças Armadas. Notadamente o Exército

Este processo iniciou-se logo após o período chamado de democratização do país, acelerou-se durante o primeiro governo FHC com a saída dos militares do poder central e com os civis assumindo as rédeas do poder/governo.

Criou-se o Ministério da Defesa retirando todo poder dos militares, com o intuito de ter civis a comandá-los, a semelhança de muitos países. Porém a formação do civil político no Brasil é muito diferente dos EUA e Espanha, por exemplo. Lá, eles “vestem literalmente a camiseta militar”, aqui não. Sua carreira política está acima e assim se portam. Desconhecem não só o que comandam como também as Forças Armadas. Apenas detém o poder de mando.

Confundiu-se democracia, liberdade de expressão com badernas e atos deploráveis.

Os militares recolheram-se aos quartéis e lá continuaram a manter sua instituição, sua formação, seus princípios e valores.

São atacados de todas as formas, que vão desde ofensas morais á instituição a cortes permanentes e progressivos de verbas de custeio, quase inviabilizando-os de manter-se atentos e preparados a exercerem sua missão constitucional. Seus meios estão sendo sucateados a olhos vistos, mesmo com uma tímida recuperação do material bélico.

Não respondem as ofensas, pois, com certeza, sentem-se, ajuizadamente, bem maiores do que as vilanias que recebem.

No entanto, tratam da melhor forma que podem seus desafetos, aqueles que desejam sua destruição.

As Forças Armadas são a Instituição de maior credibilidade do país e tidos como os fiadores da democracia, posto que, para eles o Brasil está acima de tudo, muito além das querelas.

Historicamente são atentos partícipes dos maiores eventos nacionais. Pacificaram sob a batuta de Caxias. Consolidaram o Império e a República. Assim foram formados. Assim pensam. E assim se comportam.

Os “casacas”, que os querem como subordinados, na realidade, os querem de joelhos. Não sabem que para a classe militar a subordinação maior não é a dos homens e sim às normas que regulam a vida no país.

Não sabem que a perda de um status não derruba o caráter de um militar.

Não sabem que “Fé inabalável só o é a que pode enfrentar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade” ( Alan Kardec) e que os militares, assim como os samurais, “terão a hombridade de afrontar com dignidade, com a altivez do soldado a tantos quantos pérfidos e canalhas surgirem, mesmo que acobertados por uma distorcida democracia, construída para atender seus deploráveis desígnios.”( Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira)

- dojos-locais onde se pratica a Arte marcial;

- Kobudo-artes marciais japonesas de origem samurai.

Fonte-Instituto Niten