RECONHECIMENTO A JK
Helliana Maria Monteiro
Lendo o artigo do Sr. Sérgio Martins Pandolfo, propondo dar o nome de “Presidente Juscelino Kubitschek” ao prolongamento da atual Avenida João Paulo II, com a qual concordo plenamente, me dei conta que de fato nossa querida Belém e por extensão o Estado do Pará têm uma grande dívida de gratidão ao Presidente JK que deixou uma obra maravilhosa, responsável pelo enorme crescimento e desenvolvimento que nossa capital hoje apresenta, só possível com a construção da “Belém-Brasília”, uma das grandes realizações do governo desse grande Presidente. Belém que vivia isolada tomou rumo com a ligação à capital federal e, consequentemente, ao restante do País.
Mas essa grande rodovia, por si só, quando foi construída, uma das mais arrojadas obras do tipo em todo o mundo, além da expansão de Belém possibilitou o surgimento e posterior crescimento de inúmeras cidades ao longo de seu percurso de mais de 2.000 km, como é o caso, só para citar um exemplo, de Paragominas, que completou, recentemente, 45 anos e é hoje uma das mais prósperas de nosso Estado, contribuindo decisivamente para a economia paraense. Paragominas é também pólo de atração turística e exemplo de cidade planejada.
Juscelino deixou igualmente muitas outras importantíssimas realizações em nossa cidade como é o caso da criação da Universidade Federal do Pará, de que tanto precisávamos, unindo cursos separados que existiam e criando outros sob um manto único, UFPA. JK também concluiu, inaugurou e pôs para funcionar, no início de seu governo, o antigo Sanatório “Barros Barreto”, construção que se arrastava como verdadeiro “elefante branco” desde a década de 1930 e hoje é um dos mais importantes hospitais de nossa terra, funcionando, inclusive, como hospital escola da mesma UFPA que ele criou.
Aliás, possivelmente porque foi um médico competente e famoso em Belo Horizonte, antes de assumir a Presidência, ao criar a UFPA, constatando a grande necessidade de médicos na região como um todo, dobrou as vagas que eram oferecidas pela então Faculdade de Medicina do Pará, visando à melhoria da saúde em nosso Estado. Por esses fatos Juscelino, em plena ditadura militar, pela qual havia sido cassado, foi homenageado como Patrono da turma de Medicina de 1968, fato que relembro com muita emoção porque a integrava um parente meu muito querido. Através da SPVEA possibilitou a reabertura, em 1957, da Escola de Química Industrial do Pará, desativada havia cerca de trinta anos, reconhecendo-a por Decreto de Federalização, em 1959, que mais tarde passou a integrar a UFPA.
Dei-me conta de que não temos aqui, na “Metrópole da Amazônia”, que certamente atingiu esse estágio de desenvolvimento em função da grandiosa rodovia Belém-Brasília, nenhuma referência ao Presidente JK (rua, praça, monumento, uma viela sequer) e assim nada mais justo que reparar essa injustiça, dando ao prolongamento da João Paulo II se ilustre nome.
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