Mulheres inteligentes: escolhas desastradas
MULHERES INTELIGENTES: ESCOLHAS DESASTRADAS
Há uma frase solta por aí que fala nas mulheres inteligentes que não sabem escolher seus parceiros. A partir de constatações saí à cata de exemplos capazes de ilustrar aquela assertiva. A arma do cronista, de quem escreve artigos freqüentes, tirados dos fatos do cotidiano, mais que a memória, deve ser a observação.
Feita a visão do ambiente, é possível se notar quantas mulheres, ricas, bonitas, inteligente e de bom padrão cultural se engraçam com alguns “carinhas” que não tem o menor valor. Conheci uma moça, recentemente, no mais alto pico da pós-graduação universitária, que se enrabichou com um tipo de mínima qualificação.
No terreno das relações, sem que se queira ditar parâmetros elitistas ou discriminatórios, não é possível eleger um parceiro, parceira ou assemelhado com o qual não se possa freqüentar os locais mais elementares da sociedade sem se envergonhar.
Ninguém acerta sempre. É possível que uma escolha vá se revelar, lá adiante, um desastre, quando o escolhido demonstre distorções de caráter ou falhas eventuais de comportamento. Isto pode acontecer. Mas, de outro lado, há casos em que todo mundo está vendo o desastre iminente e só a pessoa não percebe o prejuízo que está adquirindo, tornando-se mouco a quaisquer perorações de parentes, colegas ou amigos ajuizados.
Outra, uma moça, bonita e inteligente que se apaixonou por um rapaz que tinha “fama” de gay. Todos a alertaram que a coisa não ia dar certo, como de fato não deu. E mais do que não dar, depois de casada ela foi constrangida pelo marido a fatos que nem vale a pena comentar. Acabou-se a relação mas ficaram as marcas, os graves traumas e a desestrutura decorrente da escolha desastrada. Lembro também do caso de uma professora que casou com um “de cujus” mais moço que ela, não estudava, não trabalhava e batia nela. Outro desastre!
A televisão nos mostra, a cada dia, atrizes e apresentadoras, mulheres bonitas, ricas e inteligentes, passando trabalho com suas escolhas desastradas, em geral de indivíduos mais jovens, de classe social inferior, que só queriam dinheiro e notoriedade. Uma delas casou com um vagabundo e sofreu literalmente na pele o preço da má escolha. Escolhido por uma cinquentona para ser “o amor da minha vida”, o cara revelou seu mau caráter. A praticou mostrou a face do desacerto.
Evidenciando o desespero da solidão de muitas, vale refletir o desabafo de Marilia Gabriela, que no vestibular de um romance desse tipo, teria feito um desabafo sintomático: “Enquanto não encontro o homem certo, vou me divertindo com os errados”.
O autor é filósofo e escritor