Cultura e memória: Entre tradições e revoluções!
Todo povo precisa da cultura como meio de tradição ou revolução. Preservar os bens culturais é papel fundamental de qualquer sociedade, seja como expressão de valores sociais, seja pela inovação ao criar, romper e recriar movimentos artísticos como expressões populares retratadas pelo sentimento transposto ou transcrito através das obras de arte, quando essas se espelham na realidade social ou em um questionamento derivado da mesma. Muitas vezes, servem, também, durante muito tempo, para manterem ideais intactos de resistência de determinado grupo excluído socialmente ou politicamente.
Da capoeira ao samba, a cultura brasileira apresenta diversos movimentos socioculturais ao decorrer de sua história. Alguns destes ganharam tanta expressão e força popular que viraram tradicionais, algo inevitável para um país com uma cultura tão rica, abrangente e miscigenada como o Brasil.
Embora alguns tentem – preconceituosamente, por radicalismo ou até mesmo pela falta de conhecimento – convencer o povo de que os movimentos revolucionários na arte são marginalizados, muitas vezes são estas manifestações culturais que dão real voz ao interesse popular de um povo historicamente usufruído e explorado, que tem no sangue a revolução que envolve suas artes, como uma voz silenciosa que grita em busca de justiça, resistência e liberdade.