"PAIDEIA" E O QUESTIONAMENTO DE VOLTAIRE.

O QUE É PAIDEIA?

Da mesma forma que hoje existem muitas formas de se pensar a educação, assim era antigamente.

A “Paideia” é a permanente movimentação da formação do homem sob o aspecto educacional. Nos vem do grego essa idéia de formação que persegue a discussão efetiva do conceito e vivência da felicidade e da liberdade.

A “paideia” situa-se na liberdade de contrariar o mestre responsavelmente, ser lúdico em suas crenças de forma que possam efetivamente transformar o projeto de educação pessoal com proveito.

O célebre filósofo Heidegger sinalizava que a “paideia” era um “exercício de amor à humanidade”. Por que assim se manifestava o grande pensador? Por estar nos padrões de liberdade responsável o alcance de novos caminhos que possam melhorar o disrcurso educacional. Parte assim do contraponto pessoal ao que está estabelecido como definitivo, para revolucionar, mudando e reformulando pelo convencimento que suplanta o que seria padrão. Por isso, por buscar a superação, é no entendimento do filósofo “amor à humanidade”.

Que seria da humanidade sem as conquistas novas do pensamento?

O mestre não é um simples mensageiro do conhecimento, é e deve ser sempre um motivador do surgimento do debate de novas idéias sobre o que já está posto. Só assim se chega a um novo conhecimento. Não fosse o mestre um instrumento de instigar o aluno a pensar e rebater, se assim acha devido, nada teríamos de avanço na humanidade, nenhuma doutrina se alargaria, mergulharíamos nas profundezas da estagnação, o pensamento involuiria.

Isto é a “paideia”, um motor pessoal de investigação educacional que motiva, discute e distingue novos rumos.

O ser humano que em sua trajetória de formação não enfrenta nem se vale da “paideia” não tem chance de sair da prisão da mediocridade.

Digamos que sem a “paideia” seremos sempre práticos, nunca criativos ou interessantes, repetitivos do que colhemos sem interferir acrescendo, criticando, discutindo a corrente que se apresenta. Esse mar de visões de exercício do contraditório fundado e coerente, estabelecendo novas conquistas, está presente em todas as mentes que discutem a liberdade.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 17/02/2010
Código do texto: T2091283
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