A DOCE LOUCURA!
Hoje me pergunto:
Por onde anda minha paciência?
Será que ela ficou parada no tempo...
Fui superando os obstáculos, resolvendo os problemas,
Sendo magoada, pisada... Triturada...
E minha paciência tão sensível, tão meiga e tão frágil,
Desistiu e ficou por lá mesmo,
Onde os dias ainda possuíam alegrias,
Motivos para acordar,
Seja para um dia turbulento, trabalhoso,
ou um dia de folga dedicado apenas a família
Mas era como fosse
Era com prazer, com vontade...
Vontade de viver, nossa agora me dei conta
Que minha vontade de viver deve ter ficado fazendo companhia para minha paciência.
E agora?
Eu também gritei e esperneei varias vezes:
-Pare o mundo que quero descer!
Ninguém me ouviu e muito menos ouve um breque...
E Como elas conseguiram descerem e pararem...
Como voltar para pega-las novamente?
Não há jeito... Pois o minuto vivido
Nunca mais volta...
Vou inventar:
Confort para seres humanos...
Pois com o tempo vamos ficando ásperos,
Hoje sou declarada louca
E reafirmo sou louca mesmo
Fiquei assim, tomei muitas pancadas da vida
Com elas aprendi a me defender
Se for loucura, grito bem alto em plenos pulmões:
-Sou louca que ótimo que legal!
Sinto apenas ter demorado tanto para ficar assim...
Leve, livre e solta...
Autora: Cyda Ferraz.