FAZER JUSTIÇA. PRISÕES EM BRASÍLIA.
PRISÕES EM BRASÍLIA. FAZER JUSTIÇA.
Fazer justiça tem definição incomparável do Bispo de Hipona, Santo Agostinho : “Dar a cada um o que lhe é devido”. Era uma das definições luminosas de quem nos idos de 386 da era cristã, chorava aos trinta e dois anos nos jardins de sua casa procurando resposta definitiva para o sentido da vida que lhe veio em forma de mensagem grafada.
Sua visão de ser justo é a equação pela qual se atingiu, conquistando, no curso das construções do pensamento, as liberdades públicas, instalando o sistema representativo e sob vários caminhos político-ideológicos buscando atingir o que seria, é condicional o verbo, a democracia.
Sem justiça não há realização do direito e o direito existe para realizar-se. Sob esse aspecto, caminhamos em processo lento, vagaroso, das trevas para a luz, mas a esperança pontifica, não se ausentará das grandes catedrais do pensamento externadas pelos maiores mestres a que nos curvamos.
Existem pontuações recentes visíveis nessa caminhada, guardadas as proporções e dimensionamentos.
A eleição de Obama em país onde a discriminação da cor sempre foi padrão; o regime híbrido comunista-capitalista emergindo a China que estará culminando no topo econômico, em poucos anos, conjugando os dois regimes antagônicos historicamente; a invasão da Europa pelos clandestinos com origem de berço fazendo alarde de seus direitos; a segregação de autoridades do Distrito Federal, trazendo surpresa para todos, informados ou não, o que mostra um tímido começo de seccionar o estranho convívio da razoável preservação econômica do Brasil diante da crise global com a avassaladora corrupção existente e soberana.
Fazer justiça é simples, basta distinguir o certo do errado, o que qualquer do povo tem aparelhamento para avaliar.
Quando se mostra o “errado” de forma eloquente e significativa, por imagens que “falam por si” e “chocam”, é impossível ser superada a feitura de justiça, não há como não se fazer justiça. Se não é feita pela casa de onde procede, fica carente de respeito e mesmo de estar aberta, pois por suas portas passa o desequilibrio da relação para ser reequilibrada. É nela que a sociedade busca o equilibrio das relações violadas ou ameaçadas de violação. Sempre esteve aberta para acolher quem busca que se diga o direito, o certo, e se dê a cada um “o que lhe é devido”, como deixava instrasponível no inicio da era cristã Santo Agostinho, datam quase dois mil anos aproximados.
As prisões tão decantadas eram exigência pública direta e chegou de forma indireta e superveniente à investigação. Se deu para garantia da instrução de forma a evitar a desestruturação da prova. Não é questão de fundo, mérito, e se escoará seu prazo pondo-se em liberdade os presos. Mas é didática a sinalizar a advertência do Bispo de Hipona de que a cada um deve-se dar o que lhe é devido, e ao infrator, por distribuição de justiça, as penas da lei.
E que o mérito mostre a justiça a ser feita, o que a “Rainha das Provas” na atualidade, imagem, já fez, sem que haja adredemente qualquer julgamento.
À evidência caem contestações. Contra a certeza - no caso as imagens que a desestruturação pretendia editadas desconfigurando a prova já produzida - não prosperam dúvidas.
Discorrendo em sua grande obra, “Confissões”, sobre cumplicidade, cúmplices e afins, Santo Agostinho asseverava: “Que fruto nessa ocasião colhi eu, miserável, das ações que agora, ao recordá-las, me fazem corar de vergonha, nomeadamente daquele roubo, em que amei o próprio roubo e nada mais?"