Felicidade

Felicidade! É uma expressão mágica que a todos fascina, tanto que várias teorias procuraram explicá-la, apontando a sua origem, como foi o caso dos epicuristas e dos estoicistas. Os primeiros, pregando a felicidade na ausência da dor nas suas mais diferentes matizes, enquanto os segundos, afirmando que a infelicidade decorre da perda, logo seríamos felizes se não perdêssemos e, para tanto, não poderíamos ter. Embora o respeito devido aos idealizadores de tais escolas, não há como concordar com os princípios por eles defendidos. Não é o fato de a dor - em sentido amplo - se fazer presente em nossa vida, que seremos infelizes, até mesmo pela simples razão de que sentir dor - por exemplo a dor da saudade - é um indicativo de que estamos vivos, amamos e acreditamos na Vida. Acovardar-se diante da Vida, evitando ter para que não venhamos a perder, também é tolice. Esse ter a que os estoicistas se referiam, é no sentido mais amplo possível, abrangendo os aspectos material e imaterial. Que seria da humanidade se não amássemos pelo medo de perder quem amamos? Por tudo isso, concluo afirmando que a Felicidade é um direito/dever do ser humano, e é sempre decorrente da Vontade do Criador, que não gerou filhos para que sejam infelizes, enquanto que a antítese disso é conseqüência das inconseqüências praticadas pelo próprio homem, nunca advém do Altíssimo. Que todos saibamos encontrar o ponto da Felicidade, mesmo que, para isso, tenhamos que redimensionar o nosso pensar e o nosso agir.