O que é Fobia
O que é Fobia
Fobia é todo medo insensato. Temor infundado ou desproporcionado, ante o qual o indivíduo se sente impotente para reagir. Medo persistente, excessivo e incontrolável, direcionado a objeto ou situação.
Para que Medo seja considerado Fobia são necessários:
- que quem a sofre, reconheça claramente a falta de base razoável para tal sofrimento e, não obstante, continue sendo vítima dele, sem possibilidade de dominar-se;
- o contato com o objeto temido, ou mesmo a mera antecipação da possibilidade de contato, deve desencadear reações intensas de ansiedade: coração e respiração acelerados, tremor, falta de ar, enjôo, ondas de frio ou calor, formigamento e dor ou aperto no peito. Ao mesmo tempo, o indivíduo pode ter um impulso de sair o mais rápido possível da situação ou sentir-se “congelado”, sem reação, ou ainda começar a chorar e a gritar;
- a situação temida passa a ser evitada a todo custo, ou o contato com o estímulo fóbico é suportado com sofrimento intenso;
- diferentemente dos “medos normais”, nas fobias, o temor interfere significativamente na rotina, no trabalho e nos relacionamentos pessoais, causando sofrimento ou prejuízo funcional.
O medo natural dos irracionais é definitivamente muito mais racional que a fobia dos racionais.
De acordo com o ramo da pesquisa da Psicologia Comportamental, que se utiliza do Modelo Biopsicológico, o medo patológico é apenas a expressão de uma angústia mais profunda.
Outro ramo da pesquisa, com visão mais neurológica e orgânica, delimitou que as estruturas cerebrais localizadas na região das têmporas, as amígdalas, que têm a função de identificar situações de perigo, enviam ao hipotálamo, local de controle global do sistema endócrino, o sinal para que certas reações sejam deflagradas, como por exemplo, a reação de estresse.
Essas amígdalas reconhecem uma ameaça porque são alimentadas pela parte do cérebro, que constitui uma espécie de banco de memória do medo – Sistema Límbico.
No Sistema Límbico estão armazenadas as informações, que remetem a temores de nossos ancestrais e registra dados, que se referem a experiências em que o medo foi adquirido por aprendizado ou por trauma. De acordo com pesquisas recentes, os fóbicos apresentariam uma hiperatividade nessa região do cérebro.
O conteúdo consciente das fobias não é mais que a máscara ou o símbolo, sob o qual se oculta o real motivo estimulador do Medo. Em algum dia foi consciente, mas foi violentamente afastado e substituído pelo atual conteúdo, que sempre guarda uma relação associativa com o real motivo.
O que realmente assusta o indivíduo é a ação que o conteúdo consciente simboliza, apesar do grande esforço empregado para esquecê-lo.
Assim, a missão do mecanismo das fobias é defensiva, pois poupa o indivíduo da dor que lhe adviria ao compreender seu verdadeiro motivo, apesar de mortificá-lo pela ação de um Medo Insensato.
Complementam este artigo outros três: "Sobre o Medo"; “Classificação das Fobias” e “Tratamento dos Fóbicos”
“Medo” é tentativa em rimas, cheia de receios e medos, para cantá-las quando alguma ameaça for pressentida ou, até mesmo, imaginada.
Fontes:
“Quatro Gigantes da Alma” – Emilio Mira y López;
Frederico Graeff – USP;
amban.org.br - Márcio Bernik e Fábio Corregieri;
gballone.sites.uol.com.br;
revista Veja;
revista CB Juris – Ano 1 – nº 2 – Junho 99 – Fernando Basile da Silva
Medo
A sabedoria “entrou no ar”:
a vida tem enredo!
Pequeno é o amor,
onde se espalha o medo.
Para a vida proteção,
como aviso do perigo.
Do homem, a imaginação
fez da Dádiva do Divino,
desordem da emoção,
que agiganta o pequenino.
Bailam suas máscaras
no carnaval da fuga:
prudência; tédio; modéstia;
timidez; vaidade; e mentira.
Desfilam suas fantasias
na passarela da agonia:
Pânico; terror; e fobias.
Basta! Aja e sorria.
Se crermos um dia
ser chispa do Divino,
o medo desapareceria
e a paz seria nosso destino;
o medo desapareceria
e o amor seria nosso destino.