LIBERDADE OU ESCRAVIDÃO?

LIVRE OU ESCRAVO?

Quem pode provar que realmente é livre? O que é ser livre, meu amigo, meu irmão, ou minha irmã? Quem na face da terra poderá arrazoar diante de tudo e de todos, que é realmente um ser totalmente livre, podendo até se ausentar do Todo Poderoso?

Quem poderá assegurar e provar que não é um ser dependente de algo que o prende, e que, muitas vezes, o asfixia?

Não seremos todos, invariavelmente, prisioneiros de si, na medida em que estamos envolvidos por um corpo que guarnece o nosso espírito - ainda que este espírito consiga viajar pelo mundo extra-sensível?

Embora o espírito consiga impor a sua realidade, ele continua preso pela presença da carne que não o deixa viver no campo de suas verdadeiras dimensões, e não na materialidade.

“Sem ti não posso prosseguir... tua palavra me ensina a caminhar”... Eis o refrão de um hino entoado enfaticamente pela Comunidade Cidade Viva na matinal do último domingo.

Andar, caminhar, correr, falar, cantar, escrever, querer, aprender, e fazer, são verbos que ilustram bem a condição que o homem tem favorável a si para o livre exercício de sua liberdade.

Mas qualquer que seja a variável desse tema, ele deve estar subordinado ao bem estar de si mesmo e do próximo.

Afinal, a minha ou a sua liberdade termina quando começa a do outro, assim pensamos.

O homem insensível, porém, aprecia fazer tudo ao contrário e não costuma respeitar as necessidades de seu próximo. Fumar por exemplo, perto de outra pessoa que não aprecia nem o cheiro da nicotina, por exemplo, é uma forma de liberdade doentia que escraviza o seu semelhante, como que impondo-lhe uma camisa de força da qual não pode muitas vezes escapar, dentro de um coletivo, ou de um taxi, por exemplo.

Um homem que não pode fugir de seus maus hábitos, não tem como poder ser considerado um homem livre, eis que não consegue reunir forças capazes de evitar nem tais costumes que só malefícios proporcionam para si e para o seu próximo.

É como o amante das drogas – seja ela qual for: cigarro, bebidas alcoólicas, maconha, craque, cocaína, algum tipo de baseado, etc. que entende como ser livre poder exercer o seu “direito” de fumar até drogas consideradas ilícitas, crente que está exercendo a sua liberdade que lhe proporciona tanto prazer, mesmo que passageiro.

E logo, logo, surgem depressões daqueles que se entregam a essa perniciosa prática que mais e mais causa até irreversíveis danos à sociedade, como frutos da ansiedade e da agressividade que convivem no dia a dia do seu cotidiano.

Diante dessa breve exposição, queremos crer que somente é verdadeiramente livre aquele que permite prosseguir a sua jornada sob a inspiração da única verdade que está naquele que nos criou, pois por ELE e para ELE são todas as coisas. Glória, pois, a ELE, eternamente.

“Tua palavra nos ensina a caminhar, mas sem ti não podemos prosseguir”...

João Pessoa (PB), 02.02.2010

Ir. Gilberto Maia Lorenzo

"Quem é bom, é livre, ainda que seja escravo. Quem é mau é escravo, ainda que seja livre." (Santo Agostinho)

Gilberto Maia Lorenzo
Enviado por Gilberto Maia Lorenzo em 02/02/2010
Código do texto: T2066033
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