Zero vezes nada
No domingo, dia 16 de janeiro, a Band exibiu às 21h30min um documentário chamado "23 anos em 7 segundos". O filme resume em algumas glorias do Corinthians, como por exemplo o jejum de vinte e três anos que o clube paulista se privou de títulos estadual entre outros. Na mostra, torcedores ilustres do timão como o publicitário Washington Oliveto, o jornalista Jorge Kajuru, a ex-BBB Sabrina Sato, a ex-jogadora de basquete Hortência, o ex-jogador Basílio herói do campeonato de 1977 e de quebra um torcedor anônimo entre outros.
O documentário em si foi debilitado, não acrescentou nada que o torcedor da fiel não conheça, não teve robustez necessária para prender e informar sobre as glórias corinthiana. Foi sim, um trabalho apaixonado para mostrar que o clube existe, tem uma torcida entusiasmada, mas em termo de novidades ficara devendo. Muito diferente dos filmes que abordaram as vidas de Zico, Garrincha, Pelé e outros homens que deram prazer a torcida brasileira.
Na verdade, faltou conteúdo no roteiro que pudesse enriquecer a biografia do próprio Corinthias Paulista, elementos que identificassem pontos que jamais os torcedores da fiel souberam. A obra se revezou muito nos depoimentos de Kajuru, Oliveto, Marlene Mateus (viúva de Vicente Mateus e ex-presidente do clube), Hortência, o três heróis de 77 e o compositor Toquinho. Um trabalho que é veiculado em sala de projeção exige muito mais do que foi apresentado, ainda mais quando se fala em Corinthias, seus seguidores são apaixonados e têm a instituição como uma religião.
Então, requeria uma pesquisa de base profunda, que passasse toda uma época, um início e venha fotografando em peças por peças de um quebra-cabeça já montado, mas que ninguém sabe como começou. Isso seria uma escola, um conhecimento que o torcedor da fiel adquiriria com todo o prazer e sem dúvida alguma quem ganharia com isso era o torcedor brasileiro.
O filme tem o interesse de prender o espectador, mas se tratando de torcedores de outros clubes não têm o interesse de vê-lo, pois não achariam interessantes, pelo simples fato de não ter algo que o faça adquirir conhecimento novo.
O dito documentário tem o título sugestivo, 23 anos em 7 segundos, só que não fica claro os 7 segundos, pois os gols foram marcados no meio da partida, então por que 7 segundos? A ex-jogadora de basquete disse que a torcida do Corinthias cresceu??? E por ai vai. Tudo isso é fora de propósito, o trabalho cinematográfico teria que se basear em mostrar descobertas, coisas inéditas que o torcedor desconhecesse historicamente.