TEMPESTADE EM COPO D’ÁGUA
TEMPESTADE EM COPO D’ÁGUA
Nunca um projeto de lei causou tanta polêmica no mundo da mídia e na imprensa brasileira. O exercício ilegal da profissão é crime previsto em lei. Acho que a senectude toma conta de outros profissionais, que não os jornalistas. Os que querem transmitir suas idéias, seus conhecimentos, podem e devem fazê-las nos meios de comunicação, porém como colaboradores. Esta nuança não é proibitiva, e nem prejudicará profissional algum, que queira emitir idéias e conhecimentos. Acho que existe muita gente mamando nas tetas da comunicação, tomando o lugar de jovens inteligentes de idéias novas. Evolvendo com sabedoria e esforço coletivo, concluem o curso de graduação em Comunicação Social, para inserir seu aprendizado na mídia cearense e brasileira. E as velhas raposas que compartilham da velha amizade das grandes empresas de comunicação, como a Rede Globo, Sistema Brasileiro de Comunicação (SBT), Bandeirantes entre outras, tentam amesquinhar a evolução da profissão de jornalista.
Será que um jornalista não sabe comentar uma partida de futebol? Estará alheio a críticas de arbitragens, conhecer a fundo os detalhes do futebol bretão? Não se admite que qualquer jogador de nome, ou árbitro de futebol, amigo de profissionais da imprensa venha ocupar lugar indevido, pois para esse mister não foi treinado. Aliás, um bom motivo para citados profissionais, estude, enfrentem um vestibular e passem 4 anos nos bancos das Faculdades de Jornalismo e regularizem sua situação perante as empresas que teimam em desnortear e tornar impraticável uma profissão tão linda e eficaz, como o jornalismo.
Os famosos proprietários dos meios de Comunicação são verdadeiros capitalistas, assistencialistas e mutreteiros. Jamais, incentivam jovens que querem e desejam almejar um lugar de destaque e colocar em prática o que assimilou durante oito semestres corridos e cansativos. Derramando o suor de seu rosto, estressando-se muitas vezes, para se tornar um profissional digno e respeitado no écran das páginas dos jornais, na radiodifusão e no ciclo televisivo.
Vale explicitar de uma maneira ou outra: “Será que um dentista pode exercer a função de médico”, “um médico exercer a profissão de militar”, sem sê-lo, um arquiteto pode exercer a função de cirurgião? O que se denota com o projeto de lei que regulamenta a profissão de jornalista é um sentimento de perda das boquinhas e do apadrinhamento de certas autoridades, que querem usar a prepotência e a força para aparecer na mídia impressa e televisiva, colhendo os lauréis da fama, através de uma profissão que servirá de viés para os gananciosos e prepotentes. Se o presidente escorregar na maionese e vetar o projeto, estará mais uma vez denotando sua incapacidade de mandatário maior da nação brasileira. “Dilma Rousset, após a cerimônia da assinatura de contratos para compra de Biodiesel para Petrobrás, realizada no Palácio do Planalto”, afirmou: “Eu não tenho como adiantar alguma coisa sem o projeto ser analisado previamente pelo presidente”.
O projeto 708/2003 amplia de 11 para 23 as funções dos profissionais de imprensa, exigindo diploma de quem trabalha como fotógrafo, comentarista, locutor, cinegrafista, arquivista ou ilustrador entre outros. Segundo Dilma, o anúncio deve ser feito nessa quarta-feira pelo governo, pois ainda hoje de manhã, a matéria será analisada pelo presidente. É uma ignomínia sem proporções. O projeto de lei que regulamenta a profissão de jornalista será vetado total ou parcialmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, adiantou a ministra da Casa Civil. Ela afirmou que o governo vê “problemas sérios de constitucionalidade e legalidade”, no texto. A política prima pela contestação. A Câmara e o Senado aprovaram o projeto e se o presidente negar estará entrando mais uma vez no rol das águias e urubus, que só querem locupletação. “Organizações nacionais e internacionais de comunicação divulgaram notas contra a possibilidade de aprovação do projeto de lei que regulamenta a profissão de jornalista. Por quê? A organização não-governamental internacional de repórteres sem Fronteiras considera muito perigosa a proposta. Por quê? A Associação Internacional de Radiodifusão (AIR e Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) também esperam o veto do presidente Lula. Por quê? A Federação Nacional dos jornalistas (FENAJ) e vários sindicatos de jornalistas concondam com o projeto de lei e afirmam que, com sua aprovação, existirá maior proteção aos profissionais”. Agência Brasil). Por quê? Acho que o governo federal deveria colocar em pratos limpos a corrupção desenfreada em seu governo. Mensalões, bingos, sanguessugas, violência, criminalidade que assustam o país e o povo brasileiro e deixar que profissionais graduados ocupem seus lugares por direito e vocação. Mas, no Brasil o errado é que está certo, tudo pode acontecer.
Qualquer assoprador de lata é radialista. Ressalte-se que todo jornalista é radialista, mas nem todo radialista é jornalista. Alíás é bom que os órgãos competentes analisem porque jornalista no Estado tem sua carteira profissional assinada como radialista. Por quê? Para isso, durante o curso várias disciplinas sobre rádio são repassadas para os alunos de Comunicação. O Brasil convive com problemas inalienáveis, resta o exitoso fogo-fátuo vencer as polêmicas e exterminar os contrários a regulamentação de uma profissão tão nobre. Os contras que entrem em outras searas para ver o que acontece! A extasia entranha nas benesses dos neófitos em detrimentos dos vocacionados. AH! Brasil.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-ESTUDANTE DE JORNALISMO DA FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA (FGF) MEMBRO DA ACI E ACADÊMICO DA ALOMERCE.