Vaidade que mata

Considerada como pecado capital, a vaidade vem trazendo consequências para certas pessoas, inclusive a morte. Não falo dessa vaidade cotidiana, que mulheres e homem cultivam, mas sim do excesso de vaidade que levam pessoas às mesas de cirurgias para serem submetidas às cirurgias plásticas. Não sou contra a cirurgia plástica, pelo contrário, ela é tão necessária quanto outras especialidades da medicina, no caso de acidentes que comprometem desfigurações faciais, mas não podemos negar o crescimento e a fama que essa área teve nos últimos anos. Quero ser bem claro que pessoas muito obesas têm todo o direito de recorrer a uma cirurgia, lipoaspiração, redução do estômago, mas as pessoas nitidamente magras ou dentro do peso normal quererem fazer cirurgias para se sentirem melhores é para mim um excesso de vaidade que pode ter consequências, e às vezes, até fatal. Recentemente houve o caso da morte da jornalista Lanusse Martins, em que foi constatado erro médico, algo que ocorre em outras especialidades. Pelas poucas imagens que vi dessa jornalista não percebi nela nenhum sobrepeso, aparentemente tinha um peso normal, e me pergunto para que fazer uma lipoaspiração? Será essa morte o preço do excesso de vaidade? Há formas saudáveis e naturais de perder peso, perder gordura, mas que exigem disciplina, dedicação e tempo; tempo que as pessoas reclamam não ter, ainda mais no caso dela que era jornalista. Mais uma vez reitero não ser contra as pessoas quererem melhorar algo que não agrada em si mesma, mas é bom pensar duas vezes se vale a pena correr o risco de ser submetido a anestesia geral, cirurgias, pós-operatório, por uma pura questão de vaidade, para se enquadrar no padrão super exigente de beleza, em que 1 kg a mais já é motivo de se desesperar perante o grande inimigo das pessoas ultra-vaidosas: o espelho.

30/01/2010

Miguel Rodrigues
Enviado por Miguel Rodrigues em 30/01/2010
Reeditado em 01/02/2010
Código do texto: T2059546
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