“ARTESANATO RECEBE AJUDA DA SUTACO EM SP”

Welinton dos Santos é economista

No Estado de São Paulo existe a SUTACO – Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades, que foi criado no intuito de definir a conceituação de artesanato e auxiliar no registro do artesão.

Para o produto ser considerado artesanal é necessário que no mínimo 80% da produção sejam manuais em São Paulo já na Legislação Federal o mínimo é de 60%.

Por ser uma produção que desenvolve habilidades e a criatividade, deve ser elaborada preferencialmente com materiais naturais, recicláveis ou de sobras industriais.

O processo manual deve ser predominante, geralmente realizado em residências, pequenas oficinas, cooperativas, escolas ou associações.

Existe uma portaria do INMETRO de nº 321 de 29/10/2009, que determina as conformidades dos produtos, a consulta pode ser feita no site: http://www.sutaco.com.br/noticias/09/portaria_09.pdf

A SUTACO promove meios de comercialização das peças dos artesãos cadastrados na autarquia, além de manter uma loja em sua sede com rodízio de produtos sejam através de compras ou consignações ela tornou-se referência nacional, promovendo encontros, cursos de qualificação, feiras, eventos e promovendo o que eles dizem ser de: “SABER FAZER ARTESANAL”.

Para ter produtos expostos na SUTACO primeiramente é necessário agendar um horário pelo telefone 11-3241-7333, para quem mora no interior do Estado de São Paulo deve procurar os agentes de cooperação espalhados geralmente nas Secretarias de Cultura dos municípios.

O interessante é o sistema de controle e organização, cada produto recebe uma etiqueta com as seguintes identificações: nome do artesão, cidade de origem, código do produto, valor e nome da peça, com isso cria-se um histórico detalhado de cada artesão.

A divulgação da SUCATO está permitindo a abertura de espaços em nossa economia, com várias peças sendo exportadas.

A entidade conta ainda com um sistema de municípios cooperados e o espaço artesão.

Em um país como o Brasil algumas ações ocorrem em vários estados de forma pontual, com algumas exceções, mas analiso que somente com trabalho organizado o artesão terá maiores oportunidades de criação de renda e riqueza.

Agora em pleno desenvolvimento econômico chegou à hora de valorizar todos os artesãos brasileiros espalhados pelo vasto território nacional com criação de políticas de economia solidária para impulsionar ações do setor e promover os arranjos produtivos locais.

As atividades da SUTACO merecem respeito, no entanto, ainda há muito por fazer para que de fato inúmeras outras autarquias possam ser criadas no auxílio do desenvolvimento da classe artesã brasileira.